A mãe da jovem Jéssica Oliveira, que morreu após ser vítima de linchamento virtual por causa de uma Fake News, abriu o coração sobre o caso pela primeira vez e falou sobre os últimos momentos da filha, que já estava enfrentando uma depressão antes de ser apontada como affair do humorista Whindersson Nunes.
De acordo com Inês Oliveira, Jéssica ficou desesperada com o ataque de comentários negativos e pediu ajuda. “Ela chegava aqui chorando: 'mamãe, pede pra eles pararem porque eu não estou aguentando. Faz alguma coisa, mamãe'. O que eu podia fazer? Eu só gravei um vídeo pedindo a eles, pelo amor de Deus, que parassem. Porque se eles tivessem parado, capaz da minha filha estar aqui hoje, sabe?”, desabafou Inês em entrevista à TV Paranaíba.
Inês Oliveira pediu justiça pela filha, que foi acusada injustamente por páginas de fofoca influentes na internet, como a ‘Choquei’. Com mais de 22 milhões de seguidores quando tudo ocorreu, a postagem repercutiu em todo o país e muitas pessoas ofenderam Jéssica Canedo.
“Eles postaram primeiro nesse tal de 'Choquei', eu nem sei o que é esse 'trem'. Mas foram eles que ela me mostrou que estavam xingando ela. Falaram lá nessa página, sabe? Ela não estava aguentando mais", relembrou a mãe da moça.
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A mãe de Jéssica contou que a filha nem tinha redes sociais, muito menos que havia se relacionado com Whindersson Nunes. Ela já estava passando por um quadro depressivo muito severo e delicado quando foi bombardeada pelo ódio virtual.
"Ela ficava deitada dentro daquele quarto direto. Todo mundo aqui é testemunha, os vizinhos, as irmandades que são da minha igreja. Eles vinham visitar, todo mundo orava por ela. Ela estava passando por esse período muito difícil, essa depressão, sabe? E eu lutando, dia após dia... Foram lá no meu Instagram, pegavam foto dela, tiravam print do meu Instagram... Mentiram que ela tinha um caso com o moço, sendo que nem redes sociais a minha filha tinha. Ela conversava comigo pelo telefone, nem WhatsApp... Mesmo com problema de saúde, eu passava noites sem dormir, cuidando, vigiando pra ela não fazer nada. E o povo massacrou ela", completou.