O empresário baiano Jonatas Lima, mais conhecido como JL, responsável pela carreira dos cantores de pagode Ruan Tenente, O Filho do Zé, A Madame, além de ser produtor de O Poeta e Rick Ralley, se manifestou sobre a aprovação do Projeto de Lei 167/2024, que proíbe Salvador de contratar artistas com músicas de teor sexual explícito ou que façam apologia a crimes e drogas ilícitas. O PL, do vereador Alexandre Aleluia, aguarda sanção ou veto do prefeito Bruno Reis.
Em entrevista exclusiva à coluna Sabendo Com Vini, do Portal MASSA!, JL falou sobre a falta de apoio dos vereadores para os artistas da periferia.
Não temos lá essas oportunidades toda, né? Não temos um incentivo dos vereadores como os grandes artistas têm. Tem que ter bala na agulha pra conseguir uma nota e entrar nas grades. E ainda assim, só se tiver um bom conhecimento
afirmou o empresário
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Pagodão sobrevive de eventos privados
Em seguida, ele afirmou que os artistas do pagodão, em sua maioria, dependem de eventos privados para sobreviver. "Se você observar, tocamos mais em festas privadas (casas de show), sem verba pública".
Preconceito e marginalização do movimento
JL revelou acreditar que o Projeto de Lei pode contribuir com o preconceito e a marginalização do pagodão de periferia. Para o agente, existe um tratamento desigual quando se trata desse gênero musical.
"Acredito que sim, pode contribuir com o preconceito e a marginalização do movimento da periferia. Será que Léo Santana cantando iria ser criticado? Será que Ivete cantando iria ser criticada? Ou levariam na brincadeira?" questionou.