O cantor Jeffinho, conhecido pelo hit 'Se Deu Sol é Mar', comentou sobre o polêmico Projeto de Lei 167/2024, que proíbe Salvador de contratar artistas com músicas de teor sexual explícito ou que façam apologia a crimes e drogas ilícitas. O PL, do vereador Alexandre Aleluia, aguarda sanção ou veto do prefeito Bruno Reis.
"Acredito que é um tema complexo. Reconheço que muitos artistas desse segmento só encontraram na música uma forma de sustento e expressão, muitas vezes por falta de outras oportunidades. Esses meninos enfrentam desafios enormes e, com talento e criatividade, buscam espaço no cenário musical", disse Jeffinho em entrevista à coluna Sabendo Com Vini, do Portal MASSA!.
Defende o pagode limpo
O cantor, no entanto, defende um pagode mais leve, capaz de alcançar diversos públicos. "Defendo e valorizo o pagode que promove alegria e respeito, como escolhi para minha carreira. Meu primeiro álbum, com músicas autorais sem conotações sexuais, teve boa aceitação, com destaque para o single 'Desce o Gelo', que é sucesso onde toca!", afirmou.
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"O pagode limpo tem um potencial incrível de conquistar ainda mais pessoas, mostrar a força da nossa cultura e abrir portas para um futuro de muito mais reconhecimento e oportunidades", acrescentou.
Defende apoio, não censura
Jeffinho também sugeriu que os vereadores deveriam priorizar políticas que incentivem o crescimento dos artistas, em vez de políticas que podem afetar carreiras. "No final, acredito que o foco deve ser em criar caminhos para todos os artistas crescerem, seja transformando sua arte ou encontrando suporte para evoluir em suas carreiras", concluiu.