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Mandou o papo! - 20/12/2024, 21:00 - Vinicius Viana

Empresário afirma que 'bloquinho' desvaloriza o cachê do pagodão

Fábio Tavares revela que bandas estão aceitando o cachê de R$ 1.800 para fazer show no Réveillon

Fábio Tavares é empresário e produtor de banda de pagode.
Fábio Tavares é empresário e produtor de banda de pagode. |  Foto: Reprodução/UFRB/Intagram Fábio Tavares

O empresário e produtor de pagode Fábio Tavares revelou que alguns cantores e bandas de pagode estão aceitando cachês de apenas R$ 1.800,00 para realizar shows no Réveillon de 2025. Em entrevista exclusiva à coluna Sabendo com Vini, do Portal MASSA!, ele explicou que esse movimento de desvalorização no mundo do pagode baiano teve origem com o 'bloquinho' e o 'naipe'.

"A rapaziada nova está pegando o solinho de músicas gravadas e coloca só a voz. De repente, cai nas graças das pessoas e, quando vão fazer o show, alguns nem têm banda, fazem apenas participações, sem nenhuma estrutura, e aceitam esses valores. Gostaria de saber como eles conseguem fazer a matemática de pagar os custos e sobrar alguma coisa. A conta não fecha: ou estão pagando apenas R$ 30 ou R$ 50 de cachê para o músico, ou ele está tocando de graça na tentativa de conseguir cobrir seus próprios custos", revelou Fábio Tavares.

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Novas bandas não têm noção financeira

Com mais de 30 anos de experiência como produtor de grandes bandas de pagode, Fábio foi enfático ao afirmar que muitos dos novos artistas e bandas que estouram de forma repentina não têm noção de administração financeira.

Aspas

Eles vendem shows por valores entre R$ 1.500 e R$ 2.000. Como conseguem pagar os custos da banda, eu realmente não sei, pois, geralmente, o custo mínimo varia entre R$ 3.000 e R$ 3.500

explicou

Desvalorização do pagode baiano

O agente também ressaltou que, em média, uma banda de pagode é composta por pelo menos 17 pessoas, incluindo cantor, músicos, dançarinas, equipe técnica e de produção. Por conta disso, os grupos que possuem estrutura acabam sendo prejudicados devido à desvalorização trazida pela aceitação de cachês baixos por parte dos novos artistas.

"Bandas que se preocupam com a produção, utilizam efeitos como pirotecnia, contam com uma equipe técnica especializada, roadies, profissionais qualificados e músicos acabam ficando no prejuízo, porque os contratantes se acostumam a trabalhar com bandas que cobram R$ 2.000. Assim, as bandas que cobram R$ 5.000, R$ 6.000 ou R$ 7.000 acabam ficando sem espaço", concluiu Fábio Tavares.

Ao longo de sua carreira, o empresário e produtor já foi responsável de artistas como as bandas O Rodo da Bahia e Beat Beleza, além dos cantores Hiago Danadinho e O Maestro. Atualmente, ele gerencia as carreiras de É o Jocas, Oh Original, O Marujo, Levi a Mídia e Gab 01.

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