Completando 82 anos nesta quarta-feira (26), Gilberto Gil revelou que, além da maconha, também fez uso de pelo menos outras três drogas ao longo de sua vida. O assunto veio à tona na coluna de Ancelmo Gois, no jornal O Globo, que divulgou trechos de uma entrevista do artista à revista Breeza, especializada no universo da cannabis.
O pai da cantora Preta Gil e ex-ministro da Cultura do Brasil no governo Lula afirmou que parte deste comportamento tem ligação com a época em que vivia e a geração dele.
"Eu tinha vontades novas na vida, queria descobrir coisas, e pra isso me juntar àqueles que praticavam coisas com as quais eu tinha um mínimo de identificação, de atração. Dentre os hábitos da minha geração, um deles era as experiências com expansores de estados de consciência, então eu acho que tava de acordo, compatível com um momento da vida, a minha idade, o meu impulso daquele momento", afirmou Gilberto Gil.
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Em seguida, o artista baiano listou que experimentou outras três substâncias além da cannabis, mas justificou o motivo pelo qual usou as drogas.
"Foi natural na minha vida que eu tivesse aqueles impulsos e desejos que me levavam àqueles hábitos e práticas. Durante muitos anos experimentei a cannabis, o peiote, o ácido lisérgico, a ayahuasca. Experimentei vários transformadores, expansores de consciência porque, afinal de contas, estavam na pauta. Eram coisas pautadas pelo meu povo, pela minha geração, pelos meus iguais, pelos meus colegas", completou o artista.
Descriminalização do porte de maconha
Os bastidores da vida de Gilberto Gil veio à tona na mesma semana em que o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu descriminalizar o porte de maconha para uso pessoal. O julgamento sobre o tema deve ser retomado nesta quarta-feira (26).
Os ministros do STF ainda precisam definir a quantidade de maconha que caracterizaria uso pessoal e não tráfico de drogas, que deve ficar entre 25 e 60 gramas ou seis plantas fêmeas de cannabis.