
Provavelmente, sempre que você escuta a palavra testosterona pensa logo nos homens e na energia masculina. E, de certa forma, está correto. Esse hormônio é fundamental para o sexo masculino e tem um papel essencial no desenvolvimento de algumas características, como aumento da massa muscular, mudança na voz e libido. Porém, a testosterona também é encontrada na mulher.
Diferente do que muitas pessoas pensam, ter esse hormônio não necessariamente faz a mulher perder a sua feminilidade e se tornar um homem. Para saber como a testosterona funciona na vida das mulheres, o Portal MASSA!, conversou com uma especialista que sanou diversas dúvidas.
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A médica ginecologista Ticiana Cabral explica que, apesar de ser conhecido como um hormônio masculino, a testosterona também é produzida pela mulher. “A mulher produz testosterona, principalmente nos ovários e nas glândulas adrenais. É um hormônio importante para a libido, para a disposição, para uma manutenção de massa magra, para o cuidado com os ossos. A gente entende que o corpo da mulher precisa de um equilíbrio hormonal e a testosterona entra, sim, nesse hormônio de extrema importância”, afirmou.
Ticiana também destacou que a testosterona é uma grande aliada na vida sexual da mulher. "Ela está ligada ao desejo, que é a libido, à excitação e ao orgasmo". Ainda segundo a doutora, é importante que os níveis desse hormônio estejam equilibrados, caso contrário, eles podem causar desconfortos.
“Níveis muito baixos podem estar associados a muito cansaço, indisposição, diminuição de libido, dificuldade no ganho de massa magra. Já os níveis muito elevados podem estar associados à maior incidência de acne, pele oleosa, queda de cabelo e alteração da voz”, declarou a médica, salientando a necessidade do acompanhamento ginecológico, além de uma possível reposição hormonal.
E por falar em repor o hormônio, a médica garante que isso precisa ser feito de forma segura. “A reposição hormonal tem indicação médica para ser feita com segurança, principalmente em mulheres na perimenopausa [transição para a menopausa] e pós-menopausa”, explicou Ticiana.
Vale destacar que o acompanhamento regular com o ginecologista ajuda a manter a saúde íntima e sexual da mulher.