
A greve dos rodoviários pode causar estragos em Salvador. Após semanas de assembleias e tentativas de negociação entre trabalhadores e empresários, um acordo não foi fechado e o Sindicato dos Rodoviários anunciou que a categoria irá paralisar as atividades a partir desta quinta-feira (29).
O martelo não foi oficialmente batido e existe a possibilidade de a situação ser revertida. Nesta quarta (28), mais uma reunião será realizada no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) às 11h e, pela tarde, a partir das 15h, a última e definitiva assembleia da categoria.
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Conforme apuração do Portal MASSA!, as negociações estão longe de um desfecho positivo e as partes envolvidas já trabalham com a real possibilidade de Salvador amanhecer sem ônibus no dia programado para o início da greve.
Ainda conforme apuração do MASSA!, a decisão está nas mãos dos empresários, que pretendem usar a carta na manga para evitar que o pior aconteça. Já do lado rodoviários, eles garantem que não vão abrir mão de nenhuma das 16 reivindicações.
No encontro, eles terão acesso a uma proposta feita pelos empresários e decidirão se irão aceitar ou, de fato, decretar a greve do transporte coletivo na capital baiana.
Sem o transporte público, milhares de trabalhadores vão ficar na mão e terão que se virar para chegar ao destino final de alguma forma.
Greve evitada no último minuto
A luta por melhores condições de trabalhos por parte dos rodoviários tem se tornado um capítulo anual em Salvador.

Em 2024, também foi decretada a grave do transporte público, no entanto, aos ’45 minutos do segundo tempo’, uma proposta feita durante uma reunião no TRT evitou que os trabalhadores paralisassem as atividades.
Atuação da Semob
O MASSA! entrou em contato com a Secretaria de Mobilidade de Salvador (Semob) para saber se já existe um plano de ação para atender às demandas da população soteropolitana caso a greve seja realizada, mas até o fechamento desta matéria não obteve retorno.
Reivindicações dos trabalhadores
Entre as principais reivindicações dos rodoviários estão: reajuste salarial com 5% de ganho real, além da reposição da inflação; cumprimento das mudanças na escala de folga, que segundo os trabalhadores têm sido alteradas sem aviso prévio; respeito à jornada máxima de 7 horas diárias, que estaria sendo descumprida por parte das empresas.

Contraproposta
Da parte patronal, foi oferecido: 15% de contrapartida no valor do ticket alimentação; retirada de um domingo de folga por mês; proposta de reajuste salarial de apenas 2,42%; fim do plano de saúde, alegando a existência do SUS; imposição da compensação plena de horas, conforme determina a lei; manutenção da jornada parcial.