
O Sindicato dos Rodoviários de Salvador aprovou, por unanimidade, o estado de greve em assembleia realizada nesta quinta-feira (15). A decisão foi tomada após duas reuniões, uma pela manhã e outra à tarde. Segundo Hélio Ferreira, presidente do sindicato, a greve deve ter início na próxima semana, respeitando o prazo legal estabelecido. A promessa da categoria é realizar a maior greve da história da capital baiana.
"A categoria aprovou nos dois turnos por unanimidade o estado de greve. A partir de agora, a gente só vai correr o rito jurídico que está faltando, que já é uma parte jurídica, para que a gente possa decretar o dia de início. Vamos ter uma reunião amanhã na Superintendência Regional de Trabalho (SRT). Vamos ver o resultado dessa reunião de amanhã para poder deliberar as ações da próxima semana. E com certeza a greve pode sim começar na próxima semana", explicou ao Grupo A TARDE.
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Opresidente do sindicato também destacou os avanços conquistados desde a greve de 2006, o que, segundo ele, contribuiu para evitar novas paralisações de grande escala.
"De 2006 para cá a gente tem tido vários avanços. Conseguimos fazer o financiamento para as pessoas renovarem a CNH, conseguimos reduzir o desconto do tíquete, que era 20%, a gente reduziu pra 10% e conseguimos o plano de saúde. Esses avanços são justamente o que evita greves, como aconteceu historicamente em 2006 e em 92", afirmou.
Apesar de quase declarada a greve, o diretor do Sindicato dos Rodoviário, Fábio Primo, espera que haja resolução nos impasses. Ele destaca que o intuito do sindicato é buscar um bom acordo e evitar a greve.
"Esperamos que na mediação de amanhã possamos avançar. Mas assim, pela experiência que a gente tem, eu estou enxergando muito longe um final feliz nessa história da campanha salarial. A gente sabe do prejuízo que é uma greve para a cidade de Salvador, a gente sabe muito da nossa importância na mobilidade, por isso que a gente veio desde o final de março, prolongando, negociando para que a gente evite uma greve”, afirmou o diretor do Sindicato, Fábio Primo.