Se arrastando há alguns dias, a situação da distribuição do gás de cozinha na Bahia pode ter um novo desfecho, dessa vez, menos doloroso e mais eficaz. Isso porque já existe a projeção de que, a partir desta sexta-feira (11), a redistribuição das unidades do Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) inicie o processo de retomada tradicional dos fornecimentos.
De acordo com Robério Souza, diretor do Sindicato dos Revendedores de Gás da Bahia (Sinrevgas), o cenário, até esta quinta-feira (10), se manteve igual ao da última terça-feira (8). Contudo, a melhora relativa está próxima.
“(Hoje) está o mesmo cenário por parte da Refinaria de Mataripe (Acelen). Baixa produção e alta procura, mas a expectativa é que melhore a oferta. Acredito que a partir de amanhã já se apresenta relativa melhora”, explica em entrevista ao Massa!.
Ainda conforme Robério, os revendedores enfrentam uma situação constrangedora, problema esse que afeta todo o estado da Bahia.
“A revenda não fechou as portas, ela fechou por um período por falta de gás. Ela vai voltar às atividades, ela está alternando durante os dias, porque recebe uma quantidade limitada de gás, aí fecha, fica esperando chegar mais, porém não chega. Esse é o atual fluxo. O problema afeta todo o estado da Bahia”, relembra.
Questionada pelo Massa!, a Acelen informou, por meio de nota, que “está atuando ativamente para restabelecer, aos níveis normais, o fornecimento de GLP aos seus clientes. Algumas unidades da Refinaria de Mataripe estão passando por manutenção programada ou reativação, o que foi informado com antecedência de 90 dias à agência reguladora e a seus clientes. Para garantir uma operação mais eficiente e segura para funcionários e população do entorno, foi necessário ajustar os prazos originalmente previstos para retomada da operação. É importante destacar que a empresa vem tomando todas as medidas para restabelecer o suprimento ao mercado da Bahia e de Sergipe. Foram e seguem sendo ampliadas as importações do produto, com a contratação de navios de GLP, medida que será reforçada até que a produção na refinaria tenha sua capacidade total inteiramente regularizada”.