Cinco trabalhadores foram resgatados de condições análogas à escravidão em Salvador e em Lauro de Freitas, após ações realizadas pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) entre os dias 11 e 13 de novembro. No entanto, o caso chamou atenção para um problema que insiste em assombrar o país: o trabalho em condições desumanas.
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O episódio se soma a uma longa lista de situações semelhantes registradas ao longo deste ano. Em janeiro, 26 trabalhadores foram resgatados em um garimpo ilegal no Pará, onde enfrentavam condições desumanas. Entre os responsáveis pelo local, estavam dois brasileiros e um chinês.
Na Bahia, outro caso chocante ocorreu em março, na Península de Maraú. Sete pessoas, incluindo um adolescente de 16 anos, foram encontradas em uma obra sem segurança e dormindo no local.
Já em 14 de junho, cinco baianos foram retirados de alojamentos precários em Minas Gerais. A operação resultou em indenizações de R$ 43,5 mil. No Maranhão, no mesmo mês, 12 trabalhadores viviam em condições degradantes. As denúncias levaram a uma operação conjunta em fazendas nos municípios de São Domingos do Azeitão, Pastos Bons e São João Dos Patos.
Mas o problema não é exclusivo de pequenos empregadores. Em outubro, o cantor Leonardo foi incluído na lista de empregadores que mantinham trabalhadores em condições análogas à escravidão em sua Fazenda Talismã, avaliada em R$ 60 milhões.
No local, seis pessoas viviam em meio a fezes de animais, alojamentos inadequados e até uma infestação de morcegos.