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Caso Cavalo Marinho I - 22/01/2024, 19:30 - Dara Medeiros

Relembre a maior tragédia marítima da Baía de Todos-os-Santos

Acidente aconteceu em 2017 e deixou 19 mortos e 59 pessoas feridas

Caso ocorreu no dia 24 de agosto de 2017
Caso ocorreu no dia 24 de agosto de 2017 |  Foto: Alberto Maraux / SSP

O trágico naufrágio da embarcação em Madre de Deus, que aconteceu na noite deste domingo (21) e deixou 5 mortos e seis feridos, trouxe a dolorosa memória da maior tragédia marítima na Baía de Todos-os-Santos à tona: o caso Cavalo Marinho I.

A embarcação batizada como “Cavalo Marinho I” naufragou em 24 de agosto de 2017. O grave acidente aconteceu no começo da manhã de uma quarta-feira, cerca de 15 minutos depois de ter dado partida do Terminal Marítimo de Mar Grande, e resultou em 19 mortes e 59 pessoas feridas.

Na ocasião, a embarcação, que tinha 44 anos de construção, foi jogada contra as pedras por uma forte onda. Ela transportava 116 passageiros e 4 tripulantes, e estava a caminho de Salvador.

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Fatores contribuintes para o naufrágio

A embarcação, que estava regularizada, tinha o limite máximo de 160 pessoas, e até levava um número menor que quantidade permitida, mas contava com outros fatores que contribuíram com o trágico naufrágio.

Em inquérito, a Marinha encontrou um acúmulo de negligências, como a colocação de 400kg de lastros no fundo do Cavalo Marinho I. Os objetos usados para ajudar na capacidade de manobras foram deixados soltos abaixo da sala de comando. Esse fator colaborou de forma negativa para a capacidade de recuperação dinâmica da embarcação.

Além disso, o órgão também identificou que a embarcação tinha passado por reforma consideradas irregulares, que acabaram com a inserção dos lastros. Era indicada a realização de um novo exame, após a colocação do peso.

Justiça

Em 2020, o Tribunal Marítimo, condenou Lívio Garcia Galvão Júnior, proprietário da empresa responsável pela operação da embarcação e Henrique José Caribé Ribeiro, engenheiro responsável técnico pela embarcação, como os responsáveis diretos pela tragédia. O comandante do Cavalo Marinho I, Osvaldo Coelho Barreto, foi indiciado por imprudência, mas não foi considerado culpado.

A CL Transportes Marítimos, dona da embarcação Cavalo Marinho I, recebeu 46 ações ajuizadas pela Defensoria Pública da Bahia. Após seis anos, nenhuma das vítimas do acidente foram indenizadas.

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