No dia em que o naufrágio da lancha Cavalo Marinho I completa seis anos, familiares e amigos das vítimas fizeram um ato em Mar Grande pedindo justiça. Em meio a orações e muita emoção, eles reclamaram da lentidão nos julgamentos e do descaso dos setores responsáveis com a melhoria da travessia.
O acidente aconteceu no dia 24 de agosto de 2017, por volta das 6h40, logo que a embarcação saiu do Terminal Marítimo de Mar Grande e uma onda a jogou contra as pedras, matando 19 pessoas e deixando 54 feridos.
Nivia Sueli Medeiros, que perdeu a filha, de 27 anos, e o neto, de 2 anos, sente que a impunidade é a maior dor que ela poderia ter.
"É só sofrimento. A gente vê a impunidade em uma tragédia tão grande, tantas pessoas que faleceram e as que conseguiram se salvar, mas ficaram com problemas psicológicos. Em minha, a minha filha do meio está com problemas ainda. Isso é muito triste, muito terrível", desabafa Nivia.
Para os parentes das vítimas, a indenização é o que menos importa para reconfortá-los da dor durante esses anos.
"A nossa luta aqui é porque além de querermos ver essa justiça ser feita, é pela melhoria da travessia. Não tem lanchas novas, não tem reparos, está tudo a mesma coisa. A melhoria que fizeram foi no terminal. A gente espera que isso não se repita e que autoridades tenham um olhar melhor pra essas lanchas e para o nosso transporte que é muito precário", completa Nivia.
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