Cleydson Cardoso Costa Filho, motorista acusado de atropelar o corredor Emerson Pinheiro durante um treino na orla da Pituba, teve sua prisão em flagrante convertida para preventiva neste domingo (17). A decisão foi tomada após audiência de custódia, com base nas evidências reunidas até o momento, incluindo boletim de ocorrência, depoimentos, imagens do acidente e o relatório médico do Hospital Geral do Estado (HGE), que confirmou a gravidade das lesões sofridas pela vítima.
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O juiz Marcus Vinicius da Costa Paiva, do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), justificou a conversão da prisão como medida necessária para garantir a ordem pública.
Segundo o magistrado, Cleydson, que é filho de Débora Santana, que é vereadora de Salvador pelo Partido Democrático Trabalhista (PDT), dirigia em alta velocidade, colocando em risco a vida de transeuntes — conduta que demonstra “descaso com a segurança alheia”. Além disso, há registros de outras três infrações por excesso de velocidade atribuídas ao suspeito pela Transalvador.
Protestos e comoção pública
A comoção causada pelo caso mobilizou corredores de Salvador, que realizaram um protesto pela manhã em frente ao Farol da Barra e, depois, seguiram até o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), exigindo justiça e mais segurança para atletas de rua. Mesmo sob chuva, o grupo se reuniu em solidariedade a Emerson, que teve uma das pernas amputadas após o atropelamento.
Mais tarde, Cleydson foi vaiado ao deixar a Central de Flagrantes. Vídeos mostram manifestantes gritando “assassino” e pedindo justiça, em um momento de forte tensão e indignação pública.
Estado de saúde de Emerson
O corredor Emerson Pinheiro, de 29 anos, permanece internado em estado grave na UTI do HGE. Ele sofreu uma fratura exposta extensa na perna direita, além de lesões no fêmur e no platô tibial. Após cirurgia de amputação suprapatelar, seu quadro ainda inspira cuidados.
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