Há quase dez dias, a problemática da falta do gás de cozinha nas revendedoras continua em estado de alerta. Se até setembro deste ano, o que ‘botava’ o usuário para ter que fazer seus corres para conseguir o dinheiro para comprar o GLP no início do mês, dois meses depois o que tem ‘pegado’ é a distribuição escassa dele.
Além do preço médio ter batido R$ 135 em algumas revendedoras de Salvador e do Brasil, desde o dia 5 de setembro, com aumento médio de R$ 5, o cenário da distribuição do gás de cozinha permanece o mesmo por causa da produção abaixo da expectativa no estado.
Sobre a intervenção da Acelen, que provoca o desabastecimento do GLP às revendedoras, o Sindicato dos Revendedores de Gás da Bahia (Sidrevgás) indicou, por meio de seu presidente Robério Souza, que “a Acelen que produz muito abaixo da demanda e ficamos refém do aumento de produção”, explicou.
“O que posso afirmar com segurança é que a refinaria não está disponibilizando gás o suficiente”, acrescentou o mandatário.
Questionada pelo MASSA!, a empresa de energia do Brasil, que atua mediante a Refinaria de Mataripe, ressalta que “vem tomando todas as medidas para normalizar o suprimento de GLP para os distribuidores”.
“Foi ampliada a contratação de navios para reforço do abastecimento até que a produção na Refinaria de Mataripe tenha sua capacidade total inteiramente regularizada. Além disso, como parte do plano de investimentos de R$ 1 bilhão em modernização, está sendo reativada uma importante unidade, fora de uso há anos. A operação está próxima da estabilização e a expectativa é que, nos próximos dias, já seja possível retornar ao suprimento de 100% dos volumes contratados com os distribuidores. Vale lembrar que as paradas de manutenção programada ou reativação na refinaria foram informadas com a devida antecedência à agência reguladora e aos clientes”, cita a nota oficial.
Preço tá o 'olho da cara'
No último dia 5 de setembro, o gás de cozinha apresentou um aumento, onde o preço médio alcançou R$ 135. Mediante a alteração, a Acelen, à época, garantiu que os valores são estabelecidos por critérios de mercado, contando com variáveis como, por exemplo, o custo do petróleo.
“[O preço] Ele se demonstra em instabilidade. Desde o reajuste, não houve aumento da matéria-prima, então o preço se mantém instável. A dica que a gente dá sempre ao consumidor é que se ele deslocar até sua loja ou marca de preferência, ele estará economizando, em vez do modelo de receber o gás em delivery, ou seja, em casa, onde ele precisará pagar um pouco a mais”, analisa Robério Souza.