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Trabalho escravo - 08/10/2024, 17:53 - Da Redação

Ex-prefeito e time de futebol integram 'lista suja' do MTE na Bahia

No total, 66 novos nomes foram adicionados

A "lista suja" é revisada periodicamente
A "lista suja" é revisada periodicamente |  Foto: Reprodução/MTE

A nova atualização da "lista suja" do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) incluiu um time de futebol, garimpos ilegais e o ex-prefeito de Cardeal da Silva. No total, 66 novos nomes foram adicionados na Bahia, entre empregadores investigados por trabalho análogo à escravidão, elevando o número para 727 no país.

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O Jacobinense, time rebaixado na Série B do Campeonato Baiano, foi citado por manter cinco adolescentes em um alojamento, no bairro de Cajazeiras, em Salvador, em condições inadequadas. Segundo o Ministério Público do Trabalho da Bahia (MPT-BA), os jovens realizavam treinos exaustivos, não tinham liberdade de locomoção e recebiam alimentação insuficiente. O clube ainda avalia uma proposta de Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) apresentada pelo órgão.

O ex-prefeito de Cardeal da Silva, Manoelito Argolo, também aparece na lista por manter um homem e seu filho, de 12 anos, em condições degradantes em uma de suas fazendas, resgatados em 2018. As vítimas viviam em um casebre sem água, com instalações precárias e fezes de morcego nas paredes. Outros 15 trabalhadores também foram encontrados em outra propriedade do político, sem equipamentos de proteção e recebendo salários abaixo do mínimo.

Além disso, cinco empregadores ligados a garimpos ilegais na zona rural de Sento Sé, no Parque Nacional do Boqueirão da Onça, foram incluídos na lista. Nas áreas de mineração, 25 pessoas foram resgatadas em condições análogas à escravidão. A exploração da mina de ametista na região, descoberta em 2017, alterou drasticamente a economia local, aumentando o número de garimpos irregulares.

A atualização da lista também trouxe a exclusão de 85 empregadores que cumpriram os dois anos de inclusão no cadastro. A "lista suja" é revisada periodicamente e conta com empregadores dos setores agrícola, doméstico e de mineração, entre outros. Quem permanece na lista por mais de dois anos pode ser retirado ao firmar acordos de ajustamento de conduta e compensar as vítimas.

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