Pace, Cadência, Fartlek e RP (Record Pessoal), estes são alguns termos familiares para as pessoas que praticam corrida de rua. É inquestionável o crescimento do esporte e os benefícios que gera, mas, antes de qualquer coisa, é necessário também que a corrida seja feita com segurança.
O acidente que aconteceu no último sábado (16), na Orla da Pituba, em Salvador, traz à luz um assunto sério. Emerson Pinheiro, de 29 anos, treinava para uma maratona na Argentina, junto com outros atletas, quando foi atropelado pelo empresário Cleydson Cardoso Costa Filho, que estava com sinais de embriaguez quando o acidente ocorreu. Agora, o atleta segue internado na UTI do Hospital Geral do Estado e precisou amputar uma perna.
Leia Também:
Por isso, é necessário saber como correr com segurança na capital baiana e o profissional de educação física, Carlos Felipe Albuquerque, conhecido como Chokito, especialista em corrida de rua há quase 20 anos, traz dicas ao MASSA!. “Nossa cidade tem uma extensa orla na qual compartilhamos o espaço com ciclistas, pedestres, patinetes e corredores, além de alguns trechos que são divididos com carros, isso por si só, já deve fazer com que os corredores usem esses espaços como atenção e respeito”, iniciou.
O educador físico também ressaltou a importância de ficar atento a tudo que pode distrair o atleta, como por exemplo, o uso de fone. “Devemos tomar cuidado com alguns aspectos como uso de fone de ouvido, ritmo que corremos, correr em grupo de mais de 3 pessoas, sinalizar com palmas para ultrapassagem e para chamar atenção além de evitar correr fora da ciclofaixa”.
Correr sozinho ou acompanhado?
Indagado sobre como seria mais seguro correr, acompanhado ou sozinho, o profissional de educação física fez algumas observações. “Depende do tipo de segurança que estamos falando. É mais seguro em grupo, principalmente o público feminino. Já para evitarmos acidentes, creio que pela limitação dos espaços o ideal é no máximo em dupla”.
Chokito também explicou que em Salvador não há uma pista de atletismo profissional pública, o que existem são espaços um pouco mais isolados como o Centro Administrativo da Bahia, Terminal de Carga do Aeroporto e praças.
Na Prática
O agente de viagens e corredor há sete anos, Alan Nunes, relatou que não se sente seguro correndo na capital baiana. “Nós corredores estamos expostos a várias situações, desde assaltos a acidentes de trânsito, entre outros”.
Para diminuir os riscos, Alan segue algumas dicas dadas por Chokito. “Corro sempre atento, gosto de correr ouvindo música, mas evito, pois assim fico atento aos aviso que possam ocorrer evito levar objetos de valores e sempre deixo meus contatos de emergência salvos no celular”, concluiu o corredor
leia também