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caso grave! - 25/11/2025, 13:37 - Da Redação - Atualizado em 25/11/2025, 14:30

Escritora denuncia racismo em cafeteria no Santo Antônio Além do Carmo

Aline Lisbôa relata constrangimento após atendimento no estabelecimento

Situação ocorreu no Santo Antônio Além do Carmo
Situação ocorreu no Santo Antônio Além do Carmo |  Foto: Reprodução / Google Street View

Um passeio em família na tarde do último domingo (23) terminou de forma constrangedora para escritora e psicopedagoga especializada em letramento racial, Aline Lisbôa. A moça visitou um estabelecimento na região do Santo Antônio Além do Carmo, em Salvador, e saiu frustrada com o atendimento.

Segundo depoimento compartilhado em suas redes sociais, ela e seus parentes afirmam ter sido alvo de racismo e xenofobia por parte de um atendente e de uma mulher que dizia ser amiga dos donos. O lugar citado por ela é a Padoca do Carmo, uma das cafeterias mais famosas da região.

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Aline contou que tudo começou após ela e sua família terminarem de consumir e mudarem para outra mesa na área externa. Nesse momento, foram repreendidos por um dos atendentes. A mulher expressou que se sentiu expulsa e envergonhada com toda a situação.

"Nós [Aline e sua família] consumimos, bebemos café e, no momento de ir embora, sentamos em outra mesa no andar de cima, mas o atendente veio até nós e disse que, se a gente não fosse consumir mais nada, era para irmos embora, que ele precisava das mesas livres", explicou.

Mesmo após questionar o funcionário e destacar que tinha outras mesas vazias, ainda assim o rapaz persistiu.

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Fomos postos para fora

exclamou

Ao deixarem o estabelecimento, Aline disse ter sido abordada por uma mulher gringa, que bradou. "Veio uma senhora de fora [estrangeira], intitulando-se amiga da dona. Sem saber o que tinha acontecido, disse que nós éramos exagerados e que Salvador tinha pessoas mal-educadas em todos os cantos".

Veja o relato completo:

Padoca do Carmo se pronuncia

Após o desabafo de Aline viralizar nas redes sociais, a Padoca do Carmo emitiu uma nota de pronunciamento, comunicando que entrou em contato com a vítima e o funcionário em questão foi demitido.

"Primeiramente, gostaríamos de pedir, publicamente, nossas mais sinceras desculpas à cliente Aline Lisboa e a sua família pela conduta do nosso, até então, funcionário. Salientamos que tal abordagem não condiz com a orientação que repassamos aos funcionários durante seus respectivos treinamentos de admissão, muito menos é compatível com a ética de trabalho da nossa empresa", iniciou o comunicado.

A empresa afirmou ainda que está em pauta a contratação de um treinamento em letramento racial da Griots para todos os funcionários, incluindo os temporários e aqueles que não fazem atendimento ao público.

"Infelizmente, sabemos que estamos todos submetidos à lógica do racismo estrutural no nosso país e que nada disso pode realmente garantir que novos episódios lamentáveis como esse voltem a ocorrer", disse.

Veja a publicação:

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