
Após o primeiro resultado ter dado positivo, um novo exame, nesta sexta-feira (5), descartou o suposto caso de raiva em um filhote de cachorro em Salvador. A informação foi divulgada pela Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab), responsável pelo Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen), que também deu o diagnostico anterior.
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Através de um comunicado, a Secretaria informou que o Lacen realizou dois exames para confirmar ou descartar a doença. O primeiro teste do filhote, que apresentou resultado positivo, foi feito em 28 de novembro. O segundo, cuja data não foi revelada, teve resultado negativo, eliminando a suspeita. A pasta não detalhou como cada procedimento foi conduzido.
20 anos sem registro
Com a exclusão do caso, Salvador volta a completar quase duas décadas sem registros de raiva em cães. A Prefeitura reforçou que o último caso em cachorro rolou em 2009, enquanto o último em gato foi registrado em 2004.
Em 2025, os animais que testaram positivo na cidade foram dois morcegos e dois equinos. Todos tinham histórico de possível contato com morcegos, indicando que a circulação do vírus continua restrita ao ambiente silvestre, sem participação de cães ou gatos.
A Prefeitura de Salvador também destacou que, apesar do resultado negativo no filhote investigado, todas as ações de vigilância e prevenção permanecem ativas e reforçadas. Entre elas estão:
➡️ Vacinação de bloqueio nas áreas por onde o animal inicialmente investigado passou;
➡️ Busca ativa de pessoas e animais que possam ter tido contato com a doença;
➡️ Visitas domiciliares realizadas por Agentes de Combate às Endemias;
➡️ Orientações sobre sinais clínicos e medidas seguras de prevenção;
➡️ Monitoramento constante da circulação do vírus;
➡️ Emissão de alerta epidemiológico para unidades de saúde e serviços que lidam com animais.
Casos na Bahia
Os dados divulgados pela Sesab apontam que a Bahia registrou 92 casos de raiva em animais entre janeiro e novembro deste ano.
Mesmo antes do fim do ano, o total já supera o dos últimos períodos. Em 2021, foram 47 casos no estado, o que representa um aumento de 95% em quatro anos.
