
A Prefeitura de Salvador, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), decretou um alerta epidemiológico após a confirmação de um caso de raiva em um filhote de cachorro. A notícia, divulgada nesta quarta-feira (3) pela pasta, é um marco preocupante, visto que a capital baiana estava há duas décadas sem registrar a ocorrência da doença.
Leia Também:
O cão diagnosticado havia sido resgatado da rua e adotado. O animal, que tinha menos de três meses de idade — faixa etária em que a vacinação antirrábica ainda não é recomendada pelo Ministério da Saúde —, morreu no dia 20 de novembro.
O resultado do exame laboratorial, conduzido no Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen), foi finalizado na última sexta-feira (28), confirmando o diagnóstico positivo para raiva. A SMS suspeita que o filhote possa ter tido contato com animais silvestres antes de ser adotado.
Medidas adotadas pela SMS
Em resposta imediata à situação, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) encaminhou um alerta para unidades de saúde, vigilâncias sanitárias municipais e equipes que trabalham diretamente com animais.
Além disso, foram implementadas diversas ações de contenção e monitoramento na área de circulação do animal:
Bloqueio vacinal: Vacinação de cães e gatos em um raio estratégico de proximidade do local onde o animal vivia.
Busca ativa: Realização de vistorias casa a casa por médicos-veterinários e Agentes de Combate às Endemias.
Profilaxia: Rastreamento de todas as pessoas e animais que tiveram contato (direto ou indireto) com o cão infectado para a devida aplicação da profilaxia pós-exposição humana, quando necessária.
Investigação epidemiológica: Coleta de dados e informações para auxiliar as investigações em conjunto com a vigilância estadual e o Ministério da Saúde.
Monitoramento: Orientação aos moradores da região e observação contínua de cães e gatos no entorno quanto a possíveis sinais clínicos da doença.
Orientações de prevenção e risco
A SMS reforça que o método mais eficaz para prevenir a raiva é a manutenção da vacinação anual de cães e gatos a partir dos três meses de idade.
A pasta também reiterou orientações cruciais para a população:
Animais silvestres: Evitar tocar ou interagir com morcegos, raposas, saguis ou qualquer espécie silvestre, mesmo que estejam mortos. Danificar esses animais é proibido por lei ambiental.
Comunicação: Animais silvestres encontrados em residências ou morcegos caídos/mortos/com comportamento atípico devem ser comunicados imediatamente à vigilância municipal (Centro de Controle de Zoonoses) ou pelo telefone 156.
Exposição: Pessoas que tenham sido mordidas, arranhadas ou que entraram em contato com a saliva de animais suspeitos devem procurar um serviço de saúde imediatamente para avaliação e eventual profilaxia.
Animais domésticos: Qualquer alteração de comportamento (agressividade repentina, salivação excessiva ou dificuldade de locomoção) em animais de estimação deve ser avaliada por um veterinário e notificada aos órgãos de vigilância.
