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Saúde dos olhos - 28/11/2025, 08:00 - Silvânia Nascimento

Você sabia? Estrabismo pode sinalizar outros problemas de saúde

Especialista alerta para o que pode estar pro trás da condição ocular

Consultar um oftalmologista é essencial
Consultar um oftalmologista é essencial |  Foto: Reprodução / Freepik

Condição de saúde caracterizada pela perda do paralelismo ocular com o desalinhamento dos eixos visuais, o estrabismo, diagnosticado por exames recomendados por médicos oftalmologistas, também pode, em alguns casos, sinalizar para outros problemas de saúde.

Normalmente, o desalinhamento dos olhos ocasionados por essa doença acontece da seguinte forma: um dos glóbulos oculares têm mais dificuldade de manter o foco, por conta do desequilíbrio entre a função dos músculos oculares. Na prática, enquanto um dos olhos mira para frente, o outro acaba ficando desviado direcionado para dentro, para fora ou, mais raramente, para cima ou para baixo.

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Em entrevista ao MASSA! o médico César Moreira Sampaio, coordenador do serviço de oftalmologia do Hospital Mater dei Salvador, explicou sobre a possível relação do estrabismo com outras doenças, causas, sinais, tratamentos e mais.

No bate-papo, o especialista frizou que, até os três meses de idade, desvios oculares pequenos e variáveis são considerados normais e fazem parte do desenvolvimento do sistema visual. Entretanto, deixou um alerta para os pais e responsáveis, em especial de crianças.

"A partir dos três meses todo desvio ocular é considerado patológico e necessita avaliação com médico oftalmologista. É necessário esclarecer a causa do desvio e indicar o tratamento de imediato. Nesta idade, a causa necessita ser definida e tratada de imediato devido ao risco de ambliopia (olho preguiçoso) que pode gerar baixa da visão para toda a vida", disse.

Embora seja possível diagnosticá-la ainda nos primeiros meses de vida, segundo os profissionais de saúde, essa condição também pode afetar adultos. Há duas principais causas que explicam o porquê do estrabismo atingir esse público: desvio que surgiu na infância ou por ter adquiri-lo já na idade adulta, devido a outras condições de saúde como doenças da tireoide, derrame ou tumores.

"Os adultos, ao notarem sinais de desvio devem procurar o oftalmologista, pois nos adultos, a causa mais comum de estrabismo com sintomas de diplopia, são doenças sistêmicas com o diabetes Mellitus e hipertensão arterial", explica o médico.

César Moreira Sampaio é coordenador do serviço de oftalmologia do Hospital Mater Dei Salvador
César Moreira Sampaio é coordenador do serviço de oftalmologia do Hospital Mater Dei Salvador | Foto: Divulgação

"Tem que lembrar sempre e com muito cuidado que lesões do sistema nervoso central como tumores, aneurismas, inflamação, infecção, traumatismos ou doenças degenerativas podem iniciar o quadro com desvio dos olhos ou visão dupla ( diplopia ) em qualquer idade”, destacou César.

Outras questões podem causar estrabismo

O especialista ainda apresentou detalhes sobre outras causas do estrabismo. “Em crianças, a causa mais comum é o desequilíbrio do sistema de alinhamento dos olhos, porém, doenças que ameaçam a visão ou mesmo a vida como tumores, trauma ou infecçã", disse.

Aspas

Vale a pena lembrar que viroses e uso de vacinas também podem provocar estrabismos.

César Moreira Sampaio

Em adultos, o estrabismo Sagging Eye, que podem ser chamado de olho flácido, ocorre em pacientes mais idosos, causa visão dupla e está relacionado à idade, mudança na musculatura dos olhos e tecido conectivos da órbita. "É uma importante causa de diplopia (visão dupla) principalmente ao dirigir veículos", explica o oftalmoglista.

É possível tratar?

Sobre os tratamentos dessa doença, o especialista pontuou, em especial, a necessidade das consultas com o médico oftalmologista para que o profissional de saúde analise o quadro do paciente.

Portador de estrabismo deve procurar o médico oftalmologista ou neurologista, os mais ligados a este tipo de patologia, para que a causa seja logo esclarecida através do exame clínico e complementares, como imagens de tomografia computadorizada, ressonância nuclear magnético, angiografias e outros”, disse.

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O tratamento é direcionado para a doença causadora do problema.

César Moreira Sampaio

“O tratamento pode variar desde controle clínica de doenças ou até procedimentos cirúrgicos, às vezes, em caráter urgente quando há ameaça da visão ou da própria vida pela doença de base”, completou o médico.

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