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Tenha prudência - 05/09/2025, 06:15 - Vitória Sacramento*

Uso de química no cabelo pode ser barril para os rins

Aplicar esses procedimentos mais de seis vezes por ano já é considerado exagero

Uso constante de química deve ser evitado
Uso constante de química deve ser evitado |  Foto: Reprodução/Freepik

Uma prática comum nos salões de beleza pode trazer riscos silenciosos para a saúde. A médica nefrologista baiana Manuela Lordelo faz um alerta sobre o uso frequente de produtos químicos capilares, como alisantes, relaxantes e tintas. Segundo ela, aplicar esses procedimentos mais de seis vezes por ano já é considerado exagero e deve servir de sinal de alerta para os cuidados com a saúde.

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Segundo a especialista, essas substâncias, muitas vezes compostas por formol, amônia, parabenos, resorcinol e derivados de chumbo, têm potencial tóxico. Quando absorvidas pelo couro cabeludo, que é altamente vascularizado, entram na corrente sanguínea e sobrecarregam os rins, responsáveis por filtrar impurezas do organismo.

“O contato repetido com esses produtos pode contribuir para o desenvolvimento de doença renal crônica, principalmente em pessoas com histórico familiar, hipertensos, diabéticos, quem faz procedimentos capilares com frequência ou até profissionais da beleza expostos diariamente”, explica Lordelo.

A médica ressalta que os rins são órgãos silenciosos, e os sintomas só aparecem quando a doença já está avançada. “Quando começam os sinais, como inchaço, urina escura ou espumosa, fadiga, náuseas e até confusão mental, geralmente já é um caso grave que pode levar à necessidade de diálise”, alerta.

Médica nefrologista Manuela Lordelo
Médica nefrologista Manuela Lordelo | Foto: Divulgação

Entre as recomendações, estão: evitar o uso constante de químicas, dar preferência a produtos aprovados pela Anvisa, utilizar fórmulas menos agressivas, ler atentamente os rótulos, além de usar luvas e máscaras durante os procedimentos. Ela reforça ainda a importância da prevenção.

“O ideal é que toda a população realize exames de creatinina pelo menos uma vez ao ano. Quem notar alterações na urina ou pressão arterial deve procurar avaliação médica antes desse período”, orienta a especialista.

Dados da Sociedade Brasileira de Nefrologia apontam que uma em cada dez pessoas no Brasil desenvolve doença renal crônica, e muitas só descobrem em estágios avançados. Para Lordelo, a informação é a principal ferramenta de cuidado: “Prevenção é fundamental. Quanto antes for identificada uma alteração, maiores são as chances de tratamento e qualidade de vida”.

*Sob supervisão do editor Jefferson Domingos

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