A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) realiza, neste sábado (13), mais uma edição do Mutirão Nacional de Atendimento do Dezembro Laranja, oferecendo consultas gratuitas para identificação de lesões suspeitas de câncer de pele. A ação acontecerá das 9h às 15h e, em Salvador, os atendimentos estarão disponíveis em três hospitais: Irmã Dulce, Santa Izabel e Aristides Maltez.
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O mutirão contará com dermatologistas voluntários e será voltado exclusivamente para avaliação de manchas, pintas e feridas que possam representar risco. O objetivo da campanha é ampliar o acesso ao diagnóstico precoce, reforçar a importância da prevenção e incentivar o cuidado constante com a pele.
Desde 1999, o Dezembro Laranja tem desempenhado papel fundamental na conscientização da população, somando mais de 600 mil consultas e identificando mais de 75 mil casos de câncer de pele ao longo dos anos. Em 2025, a campanha chama atenção para a necessidade de autocuidado e vigilância contínua, especialmente durante o verão, quando o índice de radiação solar aumenta significativamente. “O check-up das pintas com o dermatologista deve ser feito anualmente, e essa é uma excelente chance para colocar esse cuidado em dia”, destacou o presidente da SBD, Dr. Carlos Barcaui.
Especialistas reforçam que a atenção aos sinais iniciais é decisiva para evitar complicações. Segundo a dermatologista Bianca Costa Soares de Sá, coordenadora do Departamento de Oncologia Cutânea da SBD, alguns sintomas são claros e não devem ser ignorados. Feridas que não cicatrizam, lesões rosadas com crostas, pintas novas ou de crescimento rápido e manchas que mudam de cor, formato ou tamanho são alguns dos principais alertas para possíveis tumores cutâneos. “Esses são sinais que exigem avaliação imediata. No caso do melanoma, por exemplo, a rapidez no diagnóstico faz toda a diferença para o tratamento”, explicou.
A dermatologista também chamou atenção para erros comuns na exposição ao sol, que aumentam o risco de desenvolver câncer de pele. Entre eles estão a falta de reaplicação do protetor solar, a falsa sensação de segurança em dias nublados e o uso de guarda-sóis com tecido fino, que não bloqueiam totalmente a radiação ultravioleta. De acordo com dados do último mutirão, 62,51% dos atendidos afirmaram se expor ao sol sem qualquer proteção, e apenas 31,63% relataram uso regular de protetor.
Além disso, situações específicas exigem atenção imediata de um dermatologista, como queimaduras solares intensas, nódulos que crescem rapidamente ao longo de semanas e pintas que apresentam mudanças repentinas de aspecto. Nesses casos, a avaliação não deve ser adiada. “Toda lesão nodular que cresça em um mês, feridas persistentes e alterações rápidas em manchas existentes precisam ser examinadas o quanto antes”, alertou a especialista.
O mutirão é aberto ao público e recomendado especialmente para quem possui fatores de risco, como histórico familiar, muitas pintas, sardas ou episódios de queimaduras solares severas. Para participar, basta comparecer a um dos hospitais com documento de identidade. A SBD reforça que o cuidado com a pele deve correr o ano inteiro, mas lembra que durante o verão a atenção precisa ser redobrada. “Observe. Cuide. Previna. Sua pele fala, só o dermatologista entende”, reforça o slogan da campanha.
*Sob supervisão do editor Anderson Orrico
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