
Febre entre crianças e adolescentes da nova geração, os equipamentos tecnológicos, em especial celular e tablets, se tornaram os principais meios de diversão desse público. A chegada das férias escolares contribui para que a exposição a telas desses equipamentos torne-se ainda mais preocupante, já que ficarão mais tempo em casa e com menos ocupações.
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O uso sem controle de celulares se tornou tão prejudicial que, em janeiro deste ano, o Governo Federal sancionou a Lei nº 15.100/2025, restringindo o uso de smartphones nas escolas.
Para a psicanalista Larissa Machado, diretora do Colégio São Paulo, é importante que pais e responsáveis imponham controle e adicionem atividades lúdicas na rotina dos filhos.
"Primeiro, acho que é preciso deixar claro que certas coisas não tem negociação. Então, na primeira parte, os pais precisam assumir a responsabilidade e o controle de que, durante as férias, vai ter uma liberação maior das telas, mas dentro de um tempo que não traga danos. Acho que o primeiro momento é fazer esse acordo de tempo. Um tempo saudável de, no máximo uma hora, a depender da idade da criança. Para os pequenos, zero tela”, destacou.
Larissa listou opções de lazer. “Banho de piscina, praia, programas com famílias que tenham filhos da mesma idade, praça, muito contato com a natureza, que é o que a gente mais orienta. Ocupar espaços de maneira diferente do que eles ocupam no ano letivo Propor sempre o lúdico”, indicou a profissional.
Brinquedos são prioridade, telas, não
A psicanalista defende, também, que o acesso das crianças às telas não ocorra cedo. “Estamos criando uma geração tirando o que tem de mais natural da criança, que é a invenção, a criatividade, o se virar com o que tem. Quanto mais tarde a introdução da tela, melhor, porque, quando entrar, o cérebro vai estar mais formado e os impactos são menores. O brinquedo é a estratégia mais potente para a criança se desenvolver em todos os aspectos. Não é oferecer o brinquedo, é adiar o máximo possível essa inserção das telas. Quem dá a tela é a família. Criança não tem posição. Essa tela é ofertada”.
