Preso na terça-feira (9), após ser desmascarado pelos policiais na cidade de Maracás, no sudoeste da Bahia, o coroa de 64 anos, identificado como Antônio José dos Santos, possui um histórico pesado de envolvimento em diversos assassinatos pelo território alagoano.
Conhecido pelo vulgo "Toinho da Barra" e “Monstro do Sertão”, o homem foi acusado de participar de um massacre brutal no ano de 1984 em São José da Tapera, município de Alagoas, segundo a Polícia Civil. O episódio sangrento ficou conhecido como "Chacina de Tapera” e culminou na morte do pré-candidato a prefeito da cidade na época, Wellington Pinto Fontes, além de outras duas pessoas.
De acordo com informações do delegado responsável pela região naquele período, chamado Francisco Pinheiro Tavares, o crime ocorreu por suposta ordem do então prefeito de Pão de Açúcar, Elísio Maia.
Segundo o xerife, Toinho e mais dois 'parças', identificados como Sérgio Caetano e Orlando de Almeida, encurralaram Wellington Pinto e os amigos João Alves e Givaldo Ferreira em uma churrascaria, onde executaram o trio sem piedade com armas de fogo.
Informações divulgadas pelo periódico Tribuna de Alagoas, do dia 20 de janeiro de 1984, apontam que o pré-candidato a prefeito ficou com o corpo marcado com 158 perfurações de chumbo de espingarda calibre 12 e de metralhadora.
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No dia 9 de julho deste ano, o "Toinho da Barra" foi encontrado pela polícia e preso no interior baiano. Ele havia modificado a própria 'lataria' com cirurgias plásticas e utilizava documentos falsos para tentar despistar as autoridades. O homicida teve o mandado de prisão cumprido e ficou à disposição da Vara de Execuções Penais.