
Um dia depois de ter caído dentro do xilindró, por envolvimento com milícia, o tenente-coronel da Polícia Militar (PM), Luiz Augusto Normanha de Carvalho, foi solto na manhã desta terça-feira (9), após audiência de custódia. Com a decisão da Justiça, o ex-diretor do Colégio da Polícia Militar (CPM) de Bom Jesus da Lapa responderá o processo em liberdade. A situação segue em segredo de Justiça, não podendo haver mais detalhes.
Leia Também:
Em nota, a defesa de Luiz Augusto Normanha de Carvalho afirmou que a decisão judicial "evidencia a observância do devido processo legal, assegurando que a tramitação da ação ocorra em conformidade com as garantias constitucionais e os princípios da ampla defesa e do contraditório", ressaltando ainda que "acompanhará o desenvolvimento do processo, adotando todas as medidas jurídicas necessárias para a plena elucidação dos fatos".
Cheio de 'BO' com milícia
O tenente-coronel recebia mensalmente cerca de R$ 15 mil de um grupo miliciano para fazer “vista grossa” e acobertar práticas ilegais. Entre as ações encobertas estavam atos de repressão contra comunidades tradicionais em Correntina, beneficiando fazendeiros da região.
De acordo com as autoridades, o líder da milícia seria um sargento da reserva remunerada da PM, que também está sob investigação da Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA).
As operações foram conduzidas pelo Ministério Público da Bahia, por meio do Gaeco, em conjunto com a Force, a SSP e a PM. Ao todo, foram cumpridos seis mandados de busca e dois de prisão preventiva em Correntina, Santa Maria da Vitória e Salvador.
Na residência de um dos suspeitos, a polícia apreendeu documentos, armas, munições, aparelhos e outros materiais, que agora passam por perícia. As investigações seguem em andamento para identificar outros possíveis envolvidos no esquema.