
Três policiais militares passam por julgamento no tribunal do júri, iniciado às 8h30 desta terça-feira (9), por acusação de envolvimento na morte de um trabalhador terceirizado da Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa), em julho de 2024, no bairro Castelo Branco, em Salvador.
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Respondem por homicídio e por fraude processual os cabos PM Cláudio Alves dos Prazeres Júnior, comandante da guarnição no dia do crime, e Igor Portugal da Fonseca, que na época era soldado e é suspeito de ter puxado o gatilho; além do agente Rafael Vieira da Silva.
Conforme informações apuradas pelo MASSA!, os réus são julgados no 1º Juízo da 2ª Vara do Tribunal do Júri, no Fórum Criminal em Sussuarana.

Injustiça ou acidente?
Segundo familiares, Welson Figueiredo Macedo, de 28 anos, voltava do trabalho de motocicleta quando foi atingido pelo disparo de arma de fogo. Eles afirmaram que os tiros foram realizados por ordem da Polícia Militar, enquanto a corporação inicialmente alegou que tiros partiram de revide em um confronto.

No entanto, câmeras de segurança do local trouxeram a verdade à tona. Imagens analisadas pela Polícia Civil indicaram que Welson havia deixado um colega em casa, de moto, após o trampo, quando foi abordado pelos agentes da PM na Rua Caminho 35.
Mesmo desarmado, ele foi baleado na abordagem e, após a chegada de outra viatura da 47ª CIPM/Pau da Lima, socorrido ao Hospital Eládio Lasserre, onde passou por cirurgia, mas morreu por traumatismo abdominal causado pelo tiro.
Em dezembro de 2024, a PC concluiu o inquérito e indiciou os três policiais militares envolvidos com o crime.