
A Polícia Federal amanheceu nas ruas de Irará, no interior da Bahia, para desarticular um esquema digno de série policial: a criação de “idosos fantasmas” para receber benefícios assistenciais do INSS.
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A operação foi batizada de TDI, uma referência ao Transtorno Dissociativo de Identidade, quando uma pessoa assume múltiplas identidades. O esquema foi descoberto há cerca de quatro meses, quando a PF e o Ministério da Previdência identificaram um 'bonde' de beneficiários que simplesmente não existiam.
O que chamou atenção dos investigadores foi que os RGs apresentados ao INSS não constavam no banco de dados oficial do Instituto de Identificação da Bahia.
A PF identificou duas pessoas como líderes do esquema. Eles se cadastravam como procuradores desses idosos fictícios e sacavam os valores no banco sem precisar da presença dos supostos beneficiários.
Para isso, o grupo ainda apresentou atestados médicos falsos, alegando que os “idosos” não tinham condições de comparecer às agências.
Mandados e preju milionário
A PF cumpre dois mandados de busca e apreensão para recolher documentos, mídias e possíveis provas do esquema criminoso.
O rombo já identificado passa de R$ 2 milhões. E a ação conjunta da PF com o Ministério da Previdência evitou que outros R$ 1,3 milhão fossem pagos indevidamente.
Os envolvidos devem responder por estelionato qualificado e associação criminosa, crimes que somam até 10 anos de prisão.
