
A presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da Câmara Municipal de Salvador (CMS), vereadora Ireuda Silva (Republicanos), voltou a cobrar medidas duras contra a violência de gênero. Nesta terça-feira (9), ela classificou o avanço dos casos de feminicídio no Brasil como “assustador” e disse que o país precisa, ao menos, discutir punições mais severas.
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Segundo a parlamentar, a escalada da violência contra mulheres é tão grave que ela já chegou a questionar por que o Brasil não debate a aplicação da pena de morte em casos específicos.
“O aumento do feminicídio é algo assustador […] eu já cheguei a pensar por que não discutimos pena de morte unicamente para esse fato. Porque é muito sério. Você tem por semana mulheres vítimas de feminicídio”, afirmou.
Ireuda destacou que a legislação existente, como a Lei Maria da Penha, não é o problema, mas sim a falta de efetividade do sistema.
“Não é falta de projeto. O que falta à lei Maria da Penha? Nada. Temos uma falha na efetividade, a morosidade para se resolver os problemas”, completou.
A vereadora também criticou a repetição de propostas que não mudam a realidade.
“Você cria um projeto hoje, amanhã outro, e o número não regride. Mulher não foi feita para ser morta. […] Já estava na hora de se discutir isso porque o feminicídio vem de uma covardia extraordinária. E os covardes temem a atitude severa”, disse.
