Confusão mental ou execução intencional? Tais dúvidas podem ter que tirar o sono da Polícia Civil do Rio de Janeiro no desdobramento dos assassinatos dos médicos nesta quinta-feira (5). Um dos alvos dos criminosos foi o baiano Perseu Ribeiro de Almeida. Aos 33 anos de idade, o doutor tinha características físicas similares às do miliciano Taillon de Alcântara Pereira Barbosa, que tem sete anos a menos.
Até então, essa semelhança é uma das linhas de investigação para o triplo homicídio ocorrido na Barra da Tijuca.
As polícias Civil e Federal indicam que ambos têm peso, altura, cabelo e barba parecidos, o que pode ter feito os bandidos ‘trocarem as bolas’ ao ver o médico em um quiosque na orla do bairro. As informações foram publicadas pelo portal g1.
Além de Taillon, o pai dele, Dalmir Pereira Barbosa, também é apontado pelo Ministério Público do Rio (MP-RJ) como integrante de uma quadrilha atuante em regiões da Zona Oeste da cidade.
No mês de dezembro de 2020, Taillon inclusive teve a prisão preventiva decretada pelo crime de organização criminosa.
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Pouco menos de três anos depois, o filho de Dalmir conquistou a liberdade condicional. Outro detalhe diz respeito ao endereço dele: na Avenida Lúcio Costa, mesma avenida onde os médicos foram executados.
O apartamento fica a exatos 750 metros do quiosque onde ocorreu o derrame de sangue.
Milícia
Dalmir Pereira Barbosa, que atuou como policial militar e foi citado na CPI das Milícias em 2008, sofreu um ‘pé na bunda’ da corporação naquele ano e atualmente está preso. Ele era um dos 'mangangões' da organização, e foi denunciado na operação Intocáveis II. Tailon assumiu o posto do pai logo após a prisão.