
Os pastores da Igreja Universal, acusados do brutal assassinato do jovem Lucas Terra em 2011, em Salvador, tiveram o habeas corpus concedido pela Justiça após julgamento na terça-feira (11). Diante disso, eles seguem libertos e soltos na sociedade.
Leia Também:
Os investigados, Fernando Aparecido da Silva e Joel Miranda, haviam sido condenados anteriormente a 21 anos de prisão em regime fechado por homicídio qualificado por motivo torpe e ocultação do cadáver. Entretanto, o caso teve uma reviravolta após o último julgamento.
A sessão, transmitida ao vivo pelo STJ, terminou com um empate na votação dos ministros. Pelas regras, a situação favoreceu aos réus, permitindo que eles permanecessem soltos. O impasse aconteceu porque um dos ministros foi impedido de votar, deixando só quatro na bancada.
A decisão deixou a mãe da vítima revoltada. Marion Terra se manifesta constantemente nas redes sociais e afirmou que seguirá em busca de justiça pela morte do seu filho. "A última palavra vem de Deus".
A reportagem do Portal MASSA! solicitou mais informações ao Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) e aguarda retorno.
Relembre o caso
Aos 14 anos de idade, o adolescente Lucas Terra foi torturado, estuprado e mantido em cárcere privado em um templo da Igreja Universal do Reino de Deus, localizado no bairro do Rio Vermelho, em Salvador, antes de ser queimado vivo, em março de 2001. Os acusados são os pastores Joel Miranda, Fernando Aparecido da Silva e Silvio Roberto Galiza.
O pai da vítima, José Carlos Terra, apontou como motivo para o assassinato do filho o fato dele ter flagrado os pastores Joel e Fernando fazendo sexo, com base no testemunho de Silvio Galiza.
Galiza foi condenado a 18 anos de prisão, pena que foi reduzida para 15 anos. Já os pastores Fernando e Joel tiveram o habeas corpus concedido em julgamento na terça-feira (11).
