![Hyara Flor foi assassinada em julho deste ano](https://cdn.jornalmassa.com.br/img/Artigo-Destaque/1240000/380x300/Novo-laudo-contesta-versao-de-que-Hyara-Flor-foi-m0124271400202312131008-ScaleOutside-1.webp?fallback=%2Fimg%2FArtigo-Destaque%2F1240000%2FNovo-laudo-contesta-versao-de-que-Hyara-Flor-foi-m0124271400202312131008.webp%3Fxid%3D5869878&xid=5869878)
Um dos casos mais chocantes neste ano na Bahia, o assassinato da cigana Hyara Flor teve um novo desdobramento nesta semana. Depois de um laudo pericial indicar que a adolescente de 14 anos havia sido morta pelo disparo acidental do cunhado dela, Jesus Davi, de apenas 9 anos, uma nova perícia da Polícia Civil contestou o resultado da investigação.
De acordo com o novo laudo, que foi realizado pelo Ministério Público da Bahia após a família de Hyara questionar a primeira versão, não foi encontrado material genético da criança na arma do crime, descartando a possibilidade do garoto ter sido o assassino. As informações foram obtidas pelo portal Aratu On.
Apesar disso, a análise revelou que o material genético encontrado na arma deve pertencer a um parente de Jesus Davi, com a mesma linhagem paterna. Para a família de Hyara Flor, esse indício pode revelar o envolvimento de Amadeus Alves, marido da adolescente, na morte dela.
Um outro fato chamou atenção para o caso. Uma análise feita pelo Departamento de Polícia Técnica (DPT) comparou o DNA encontrado no cabo e no corpo da pistola com o material genético do pai do marido da jovem, Wberlon Silva, da sogra, Fernanda Cardoso e dos cunhados dela, os gêmeos Jesus Davi e Jesus Mateus, mas não era compatível com nenhum dos quatro analisados.
Relembre o caso:
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Outro indício: altura do assassino
Um outro indício foi contestado pela segunda perícia. Inicialmente, o primeiro laudo apontou que o tiro foi efetuado de baixo para cima, indicando que uma pessoa menor que a adolescente teria apertado o gatilho. Porém, o novo laudo alega a possibilidade do disparo ter ocorrido à queima-roupa, ou seja, em uma curta distância.
![Imagem ilustrativa da imagem Novo laudo contesta versão de que Hyara Flor foi morta por criança](https://cdn.jornalmassa.com.br/img/inline/1240000/0x0/Novo-laudo-contesta-versao-de-que-Hyara-Flor-foi-m0124271400202312131008-1.webp?fallback=https%3A%2F%2Fcdn.jornalmassa.com.br%2Fimg%2Finline%2F1240000%2FNovo-laudo-contesta-versao-de-que-Hyara-Flor-foi-m0124271400202312131008.jpg%3Fxid%3D5869881%26resize%3D1000%252C500%26t%3D1720256049&xid=5869881)
Chamados de “zona de tatuagem”, os pedaços de pólvora que saem da arma e deixam marcas na pele mostram que o crime teria sido cometido por uma pessoa mais alta que Jesus Davi, pois segundo Patrício Eduardo Cerda, que assina o laudo, as “tatuagens” em Hyara estão alojadas no queixo.
“Após análise de todos os elementos oferecidos para estudo, o Assistente Técnico que subscreve o presente Parecer logrou constatar o seguinte: Todos os elementos que apontam o menor como autor do disparo que vitimou Hyara são tecnicamente divergentes enquanto os elementos que apontam a autoria do disparo a uma pessoa de maior altura a da vítima são convergentes. Se faz presente a imperiosa necessidade de realizar a exumação do corpo da vítima para determinar a vértebra onde ficou alojado o projétil e constatar tecnicamente a trajetória e trajeto balístico”, concluiu o laudo.