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Desdobramentos - 13/12/2023, 09:46 - Dara Medeiros - Atualizado em 13/12/2023, 10:08

Novo laudo contesta versão de que Hyara Flor foi morta por criança

Cigana de 14 anos foi assassinada em julho deste ano, no extremo sul da Bahia

Hyara Flor foi assassinada em julho deste ano
Hyara Flor foi assassinada em julho deste ano |  Foto: Reprodução/Redes Sociais

Um dos casos mais chocantes neste ano na Bahia, o assassinato da cigana Hyara Flor teve um novo desdobramento nesta semana. Depois de um laudo pericial indicar que a adolescente de 14 anos havia sido morta pelo disparo acidental do cunhado dela, Jesus Davi, de apenas 9 anos, uma nova perícia da Polícia Civil contestou o resultado da investigação.

De acordo com o novo laudo, que foi realizado pelo Ministério Público da Bahia após a família de Hyara questionar a primeira versão, não foi encontrado material genético da criança na arma do crime, descartando a possibilidade do garoto ter sido o assassino. As informações foram obtidas pelo portal Aratu On.

Apesar disso, a análise revelou que o material genético encontrado na arma deve pertencer a um parente de Jesus Davi, com a mesma linhagem paterna. Para a família de Hyara Flor, esse indício pode revelar o envolvimento de Amadeus Alves, marido da adolescente, na morte dela.

Um outro fato chamou atenção para o caso. Uma análise feita pelo Departamento de Polícia Técnica (DPT) comparou o DNA encontrado no cabo e no corpo da pistola com o material genético do pai do marido da jovem, Wberlon Silva, da sogra, Fernanda Cardoso e dos cunhados dela, os gêmeos Jesus Davi e Jesus Mateus, mas não era compatível com nenhum dos quatro analisados.

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Outro indício: altura do assassino

Um outro indício foi contestado pela segunda perícia. Inicialmente, o primeiro laudo apontou que o tiro foi efetuado de baixo para cima, indicando que uma pessoa menor que a adolescente teria apertado o gatilho. Porém, o novo laudo alega a possibilidade do disparo ter ocorrido à queima-roupa, ou seja, em uma curta distância.

Imagem ilustrativa da imagem Novo laudo contesta versão de que Hyara Flor foi morta por criança
Foto: Arquivo Pessoal

Chamados de “zona de tatuagem”, os pedaços de pólvora que saem da arma e deixam marcas na pele mostram que o crime teria sido cometido por uma pessoa mais alta que Jesus Davi, pois segundo Patrício Eduardo Cerda, que assina o laudo, as “tatuagens” em Hyara estão alojadas no queixo.

“Após análise de todos os elementos oferecidos para estudo, o Assistente Técnico que subscreve o presente Parecer logrou constatar o seguinte: Todos os elementos que apontam o menor como autor do disparo que vitimou Hyara são tecnicamente divergentes enquanto os elementos que apontam a autoria do disparo a uma pessoa de maior altura a da vítima são convergentes. Se faz presente a imperiosa necessidade de realizar a exumação do corpo da vítima para determinar a vértebra onde ficou alojado o projétil e constatar tecnicamente a trajetória e trajeto balístico”, concluiu o laudo.

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