O riferio Nanan Premiações vai cair fora do xilindró. A Vara dos Feitos Relativos a Delitos de Organização Criminosa de Salvador determinou, nesta quarta-feira (13), a anulação das prisões preventivas de réus ligados à Operação Falsa Promessas, que investiga lavagem de dinheiro e ocultação de bens de corrupção. Ao todo, mais de 25 pessoas estão na mira da Justiça.
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No processo, ao qual o Portal MASSA! teve acesso, o juiz Waldir Viana Ribeiro Junior justificou a revogação das prisões após indicar que os réus estavam detidos há quase um ano, sem que o atraso no andamento do processo fosse causado pelas defesas. A decisão ainda reforça que todas as diligências aconteceram “dentro da lei”, com participação do Ministério Público da Bahia (MP-BA), e que as defesas terão acesso completo aos documentos para garantir o direito de resposta.
Além disso, a decisão permite o uso de todas as provas obtidas em interceptações telefônicas, buscas e apreensões e outras medidas cautelares, garantindo que o processo continue mesmo com os réus respondendo em liberdade. Com isso, serão expedidos alvarás de soltura clausulados, com restrições específicas definidas pela Justiça para cada acusado.
Uma das razões que motivou as revogações foi o excesso de prazo, mas a determinação ocorreu também aconteceu porque, com a autorização do MP para usar provas de outro processo, era preciso garantir que os acusados pudessem se defender e responder a todas as acusações, considerando a quantidade e a complexidade desse material.
Prisões premiadas
O blogueiro, cujo nome verdadeiro é José Roberto Santos, ganhou fama nas redes sociais por organizar rifas online. Inicialmente, ele caiu na cadeia em setembro de 2024, acusado de comandar um esquema que teria movimentado cerca de R$ 500 milhões entre sorteios ilegais e lavagem de dinheiro. Na primeira fase da operação, a polícia confiscou carros de luxo, lanchas e outros bens de alto valor, o que expôs a complexidade do esquema.
Após ser solto em dezembro do ano passado, o rapaz voltou a ser preso em abril deste ano, durante a segunda fase da operação, deflagrada em um condomínio de luxo na Estrada do Coco. Segundo a investigação, ele e a esposa, Gabriela Silva, manipulavam resultados das rifas e ocultavam valores por meio de empresas de fachada e laranjas, mantendo o esquema ativo mesmo após cair na gaiola.
Bonde criminoso
Na época da prisão, o MP-BA afirmou que o casal, junto com os parceiros, integrava uma organização criminosa que movimentava milhões a partir da exploração de rifas ilícitas e lavagem de dinheiro. As provas reunidas, incluindo interceptações telefônicas, buscas e apreensões, sequestro de bens e medidas de prisão temporária e preventiva, foram essenciais para reforçar a ação penal e sustentar a investigação em andamento.
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