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pra ficar ligado - 04/09/2024, 14:03 - Bruno Dias e Leo Moreira - Atualizado em 04/09/2024, 15:20

"Muitos jovens estão morrendo sem saber o motivo", alerta delegado sobre sinais de facções

José Nelis, do DHPP, falou sobre os perigos dos símbolos usados por criminosos

Comissário indicou que alguns símbolos atrelados as facções já foram identificados pela polícia
Comissário indicou que alguns símbolos atrelados as facções já foram identificados pela polícia |  Foto: Foto ilustrativa / Ascom-PCBA

As simbologias e atributos associados a facções criminosas têm se tornado cada vez mais evidentes nos últimos tempos. Segundo o delegado José Nelis, jovens e pessoas têm sido executadas por exibir certos símbolos com as mãos ou vestir roupas de determinada característica.

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Em entrevista ao Grupo A TARDE na manhã desta quarta-feira (4), o oficial do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) falou sobre os sinais internalizados pelos criminosos como característicos de cada facção e os perigos trazidos para a sociedade.

"Esses jovens de hoje em dia criaram um padrão de neurose, fronteiras imaginárias, que só eles sabem como funcionam as divisas. Então, um garoto que veste um tipo de roupa para joga bola, vira inimigo. Uma menina que passa a ter um namorado do outro lado do bairro, vira inimiga. Então, essas fronteiras imaginárias criadas por eles, na verdade, só eles sabem. As pessoas não são avisadas do bairro, e então, portanto, quando fere ou quando foge das regras que eles estabelecem, eles partem para executar. Muitos desses jovens que estão morrendo não estão sabendo absolutamente por que estão morrendo", disse.

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O delegado ainda indicou que alguns símbolos atrelados aos grupos de bandidagem já foram identificados pelas forças policiais Civil e Militar. Além disso, alertou sobre o uso desinformado de cada deles que podem ser perigosos para a vida dos populares.

"Um dos aspectos, inclusive, que nós percebemos, é que eles se apropriam de símbolos, sinais, camisas, de emojis, de apresentação de números e, a partir dessas apropriações, pessoas que não estão sabendo que um símbolo foi apropriado, que um emoji passou a pertencer a uma facção, de forma inocente expressa esse símbolo e acaba julgada. Por mais que essas pessoas que são mortas digam que não tem relação com facção, seja morador antigo, criado no bairro e, mesmo assim, são executados. Os jovens hoje, envolvidos no crime organizado, têm relação com o sistema prisional, não com a comunidade. Então, a ordem sai do sistema prisional para que eles sejam executados", completou.

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