Três meses antes de virar peça do Baralho do Crime - ferramenta que reúne os criminosos mais perigosos e procurados pela Secretaria da Segurança Pública -, Pablo Ricardo de Assis Gomes Oliveira, o 'Pablo Escobar' de Valéria' tinha sido um dos principais alvos de uma megaoperação policial.
Em setembro de 2022, o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) deflagrou a Operação Araitak com o objetivo de desarticular grupos envolvidos com facções. Na época, 'Pablo Escobar', que já tinha como áreas de atuação as localidades conhecidas como Penacho Verde, Rua das Palmeiras, Lagoa da Paixão e B13, em Valéria, era um dos bandidos que estava na mira da polícia.
Apesar do cerco montado para caçar Pablo Ricardo de Assis, ele não foi encontrado durante a megaoperação Araitak. Devido ao seu grau de periculosidade, em dezembro de 2022, (três meses após a operação), o criminoso virou o 'Quatro de Copas’ do Baralho do Crime. Quando foi inserido na ferramenta, Escobar já possuía mandado de prisão pelos crimes de organização criminosa e tráfico de drogas.
Nessa época, ele também já carrega nas costas os títulos de autor e mandante de diversos homicídios ocorridos no bairro de Valéria, por esse motivo virou alvo de investigação e das operações do DHPP, departamento que investiga os crimes contra a vida.
Fim da linha
Depois de tocar muito terror, Escobar não conseguiu fugir dos cercos policiais e foi localizado, nesta segunda-feira (4), durante a Operação Responsio, deflagrada em Valéria para capturar os envolvidos na morte do policial federal Lucas Caribé.
Ele mediu forças com as equipes da Polícia Civil e, no embate, foi atingido, socorrido, mas não resistiu. Além dele, um comparsa conhecido como 'Cachinho', também morreu na operação.
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