Quatro anos após a morte de Robson Dias de Souza, assassinado em 25 de janeiro de 2020, os familiares da vítima aguardam, na base da esperança, o desfecho do caso na Justiça, que ainda não bateu o martelo sobre o futuro da suspeita, identificada como Mayana Santos. O homem foi esfaqueado pela amante em pleno aniversário de 43 anos, na cidade de Maragogipe, a aproximadamente 130 km de Salvador.
A ação judicial, que estava travada por conta da pandemia da Covid-19, foi retomada este ano e a família de Robson irá a Júri Popular no próximo dia 26 deste mês para lutar por justiça e um desfecho, que está perto de completar cinco anos.
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Em contato com a reportagem do Portal MASSA!, um dos familiares da vítima contou que a suspeita pelo homicídio passou por audiência de custódia três dias após ser presa em flagrante. Ela foi ouvida e liberada. Segundo ele, Mayana vive tranquilamente, com direito à sombra e água fresca em festas.
“Ela tirou a vida de um pai de família, interrompeu sonhos de toda uma vida e foi cruel em pleno dia do aniversário dele. Hoje, ela continua vivendo como se nada tivesse feito. Todas as festas em Maragogipe ela tá presente e se divertindo solta. Isso não é justo, tem que pagar pelo crime cruel que cometeu”, desabafou.
Relembre o caso
Casado e com dois filhos, Robson Dias mantinha um relacionamento com Mayana Santos há algum tempo, mas decidiu encerrar de vez o vínculo e focar na família três meses antes do ocorrido. No dia do seu aniversário, ele procurou a mulher para pegar de volta um celular que havia lhe presenteado, quando tudo saiu do controle.
Enfurecida, Mayana reagiu de forma agressiva e foi atrás do rapaz para tomar o aparelho e tirar satisfação. Após uma discussão acalorada entre os dois, a suspeita sacou uma faca e atacou duas vezes o homem, mesmo com os vizinhos tentando intervir e separar a confusão.
“Mayana chegou no local e ficou ameaçando Robson, pedindo o celular de volta. Ela queria pegar o celular a todo custo, estava ela e Raiane sua amiga que incentivava ela a tomar o aparelho. Como ele não devolveu, ela sacou a faca e deu duas facadas nele”, contou.
Apesar da tentativa da população de separar os dois, a agressora o golpeou mais uma vez, momento fatal, na região da clavícula. Ensanguentado, ele foi socorrido por familiares e amigos para uma unidade da UPA da região, mas não resistiu aos ferimentos.
Mayana tentou fugir do local, mas foi pega e presa em flagrante por um ex-policial e pelas autoridades. Três dias após o ocorrido, ela foi liberada em audiência de custódia. Segundo um familiar, entrevistado pela reportagem, a mulher alegou legítima defesa e afirmou ter sido agredida, mesmo sem haver nenhum vestígio do fato.
“Ela disse para a polícia que Robson deu pauladas e muitos socos, sendo que não existia nenhum vestígio nela de porrada e corpo delito confirmou não ter nenhuma marca de agressão”, afirmou.
Processo retomado
Pouco mais de quatro anos após o acontecido, o caso judicial foi retomado pelas autoridades. Depoimentos e testemunhas são ouvidas e o caso está se desenrolando para um desfecho. O Portal MASSA! procurou o Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) para saber em que 'pé' está a situação. O órgão, no entanto, respondeu apenas que o "sistema PJe está indisponível"