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Quanta violência na cidade - 23/09/2025, 09:06 - Jaísa de Almeida - Atualizado em 23/09/2025, 11:10

Jovem autista executado no Subúrbio era um ‘cara família’ e correria

Marcus Vinícius ajudava a mãe que passa por problemas de saúde

Familiares e vizinhos questionam a versão da polícia sobre a morte de Marcus
Familiares e vizinhos questionam a versão da polícia sobre a morte de Marcus |  Foto: Reprodução/Redes Sociais

A comunidade do bairro do Rio Sena, no Subúrbio Ferroviário de Salvador, viveu momentos de choque e desespero na noite desta segunda-feira (22), após a morte de Marcus Vinicius Alcântara. Portador de Transtorno do Espectro Autista (TEA), o jovem de 26 anos teve a vida ceifada por tiros enquanto se dirigia a uma escola da localidade para buscar o sobrinho.

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Ao MASSA!, pessoas próximas ao jovem relataram que Marcus tinha dificuldades de fala e coordenação motora, características comuns do seu grau de autismo. Apesar das limitações, ele desenvolvia atividades básicas aos poucos e desempenhava um papel importante na rotina da família, principalmente após a mãe passar a enfrentar problemas de saúde.

“Coisas que ele vinha aprendendo aos poucos por conta do seu grau de autismo. A mãe dele passou a ter alguns problemas de saúde e ele auxiliava em muitas coisas, como, por exemplo, levar e buscar o seu sobrinho na escola”, explica uma fonte à reportagem.

'Parça' da comunidade

Na comunidade, o rapaz era conhecido por ajudar as pessoas a sua volta e por sua rotina tranquila. Um morador da região contou que ele costumava se deslocar sozinho para as tarefas do dia a dia e era facilmente identificado pelo crachá que indicava sua condição.

"Sempre foi obediente com os familiares e com a vizinhança que sempre queria o seu bem", ressalta.

Imagem ilustrativa da imagem Jovem autista executado no Subúrbio era um ‘cara família’ e correria
Foto: Reprodução

A Policia Civil afirmou, também ao MASSA!, que Marcus teria sido atingido durante um confronto entre criminosos na área. Entretanto, moradores da região contestam essa versão, alegando que os disparos teriam partido de agentes da Policia Militar. Uma fonte relatou que, ao avistar policiais, o rapaz teria tentado fugir por medo e buscado abrigo em uma residência próxima.

Aspas

Atiraram nas costas dele e ele entrou numa casa pra se esconder e entraram na casa pra pegá-lo. Arrastaram ele pra fora e deferiram mais 2 tiros no peito. Ele estava usando um crachá que identifica o autismo

Afirmou uma vizinha, que preferiu não se identificar

Após ser atingido, o jovem ainda chegou a ser encaminhado a uma unidade de saúde, mas não resistiu aos ferimentos. Uma das fontes afirma ainda que, ao contrário da versão de troca de tiros apresentada inicialmente, não havia indícios de confronto e que a vítima não oferecia risco no momento do ataque.

“Como sempre alegaram ter sido troca de tiros, mas todos estão de prova que não houve troca de tiros, não houve bala perdida, foi maldade mesmo”, diz.

PM deu a ideia

Procurada pela reportagem, a Polícia Militar informou que os agentes da Rondesp BTS estavam no bairro atendendo a uma ocorrência de troca de tiros entre grupos criminosos, quando foram recebidos a disparos. Durante a ação, localizaram Marcus Vinicius já ferido.

A corporação ainda lamentou profundamente o falecimento do jovem e se solidarizou com familiares e amigos neste momento de dor.

O caso é investigado pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que apura as circunstâncias da morte.

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