
As autoridades identificaram o corpo que foi encontrado esquartejado dentro de um saco plástico, no Vale do Canela, em Salvador, no sábado (22). A vítima era o motoboy Augusto Cesar dos Santos Borges, de 28 anos. Ele estava fazendo entregas pela cidade quando foi capturado e assassinado friamente por criminosos. A moto dele foi encontrada no bairro Dois de Julho, com a placa adulterada.
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De acordo com o relato da família do motoboy, divulgado pela TV Bahia, ele havia saído para trabalhar na noite da última sexta-feira (21) e não voltou para casa. Um amigo dele chegou a receber uma mensagem suspeita no celular, com uma expressão que ele não tinha o costume de usar. A foto do perfil do WhatsApp da vítima também foi trocada, o que deixou todos ainda mais preocupados.
Os familiares alegam que Augusto não era envolvido com a criminalidade e acreditam que ele foi morto por ter fotos na Gamboa, uma região que tem uma presença forte do tráfico de drogas. A principal suspeita é de que bandidos de uma facção rival à da região teriam abordado o jovem, visto as imagens no celular dele e pensado que ele era membro do grupo contrário.
"Pela primeira vez, o meu irmão foi na Gamboa esse mês, foi pra praia. Postou foto, postou vídeo, no status do Instagram e WhatsApp, provavelmente essas imagens ficaram na galeria dele. Como essas pessoas que fizeram essa maldade com ele desbloquearam o celular dele, tiveram acesso a tudo. Provavelmente acharam que meu irmão era desse bairro, que se envolve em algo do tipo”, disse Natália.

Augusto era morador do Nordeste de Amaralina e foi criado entre o Brasil e a Espanha. Ele estava se organizando para voltar para a Europa, onde a mãe e a irmã moram atualmente, mas teve o sonho interrompido pelos assassinos.
Além de fazer o 'corre' como motoboy, o jovem trabalhava em eventos, especialmente em congressos internacionais, pois era bilíngue. Ele deixa um filho de apenas 5 anos.

O corpo de Augusto será sepultado na tarde desta segunda-feira (24), no Cemitério Campo Santo. O caso está sendo investigado pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).