A Polícia Federal (PF) indiciou mais quatro ex-diretores e coordenadores da Polícia Rodoviária Federal (PRF) por interferirem nas eleições de 2022, que elegeu o presidente da república, governador, senador, deputados federais e estaduais. Eles são investigados por tentarem dificultar o deslocamento de eleitores no Nordeste durante o segundo turno.
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As investigações apontam que a cúpula da PRF, sob comando de Silvinei Vasques e subordinada ao então ministro da Justiça, Anderson Torres, ordenou operações ilegais para dificultar o transporte de eleitores de Lula, favorecendo Jair Bolsonaro. O efetivo da PRF no Nordeste foi maior do que em outras regiões, e o número de ônibus fiscalizados também foi acima da média.
Identificação dos suspeitos
Os ex-diretores indiciados são: Luis Carlos Reischak Jr. – ex-diretor de Inteligência da PRF e ex-superintendente no Rio Grande do Sul; Rodrigo Cardozo Hoppe – ex-coordenador de Inteligência; Djairlon Henrique Moura – ex-diretor de Operações; e Adiel Pereira Alcântara – ex-coordenador de Inteligência.
Também foi indiciado Bruno Nonato dos Santos Pereira, ex-coordenador da ANTT. Eles são acusados de crimes como desobediência, prevaricação, restrição ao direito de voto e tentativa de abolição do Estado democrático de Direito.
Em agosto de 2024, a PF indiciou Torres e Vasques, além de quatro policiais federais – Alfredo Coelho Carrijo, Fernando Oliveira, Leo Meira e Marília Alencar – sob suspeita de uso de violência para restringir direitos políticos. As penas podem chegar a seis anos de prisão, além de multas.