A Federação Nacional de Trabalhadoras Domésticas (Fenatrad) e o Sindicato dos Trabalhadores Domésticos do Estado da Bahia (Sindoméstico-BA) realizaram na manhã desta segunda-feira (4), na delegacia de Itapuã, em Salvador, um protesto contra as agressões cometidas pela empresária Melina Esteves França contra a babá Aline Rodrigues. O caso ocorreu na última sexta-feira (1º), em um prédio no bairro de Stella Maris.
Representantes das entidades aproveitaram que a agressora iria ao local prestar depoimento e levaram cartazes e bandeiras, pedindo a prisão da agressora, com o grito de ordem “chega de impunidade, Melina atrás das grades”. De acordo com a presidente do Sindoméstico, Milca Martins, é preciso que se faça justiça, já que este não é o primeiro caso registrado contra a agressora.
“Neste momento é muito importante que nós estejamos aqui para mostrar o tamanho da nossa indignação com a justiça. O caso de Aline não é isolado, é mais um crime praticado por Melina Esteves França, totalizando agressão a 11 trabalhadoras domésticas. Nós precisamos que a justiça nos dê um retorno porque a cada dia que passa as trabalhadoras domésticas estão mais vulneráveis nos seus locais de trabalho”, afirmou.
Leia mais:
Patroa com histórico de agressão empurra funcionária da escada
Empresária agressora de babá tem histórico maléfico
Aline Rodrigues contou que o seu sentimento é de revolta “pelo que ela fez comigo e com as outras babás. Se a justiça não tomar providência, ela [Melina] vai continuar agredindo as trabalhadoras, chegando até as vias de fato. Do jeito que ela é, precisa ser presa. Não vou desistir em vê-la na cadeia”.
O advogado da vítima, Bruno Oliveira, revelou que a conduta atual de Melina Esteves França é diferente das antigas. “Embora sejam nos mesmos moldes vai ser um novo processo, um novo indiciamento, porém, vou noticiar o fato ao juiz do processo antigo, que o está presidindo na Justiça Federal, para que tome conhecimento da nova conduta de Melina perante as atipicidades que ela vem já praticando com as trabalhadoras domésticas”, frisou.