A empresa de mineração, beneficiamento, indústria e comércio de minerais, investigada pela força tarefa da 'Operação Thorin', em colaboração com o Ministério Público, causou prejuízos ao estado da Bahia com a sonegação de impostos milionários. Segundo investigações, cerca de R$ 35 milhões foram omitidos.
Leia mais:
Médico é suspeito de matar a esposa ao 'batizar' sorvete com remédios
Operação gera redução de peso no número de mortes violentas em Salvador
Ex-assessor de ex-governador sofre facadas na Bahia
O processo de apuração também identificou que o grupo realizava artimanhas para esconder bens e 'grana', usando familiares e "laranjas", com suspeitas de lavagem de dinheiro.
Em entrevista coletiva realizada nesta manhã, o promotor de Justiça, Alex Neves, detalhou que as empresas investigadas possuem matriz situadas em Minas Gerais e uma filial instalada no estado da Bahia.
A inspetora da Secretaria da Fazenda, Sheila Cavalcante Meirelles, detalhou que a firma de mineração iniciou as atividades na Bahia em 2003 e já havia sendo acompanhada pela pasta até a primeira denúncia ao MP, em 2015.
"Quando essa empresa foi montada ela tinha um benefício fiscal, alguns benefícios para a sua montagem e ainda tinha práticas de sonegação fiscal, embora tendo benefício para a sua instalação aqui na Bahia. Então a fiscalização identificou, foram lavrados diversos autos e, como ela não tinha interesse de pagar os débitos que foram lavrados, os autos fiscais, ela deixou a empresa de lado e abriu uma outra filial com CNPJ diferente, praticamente com os mesmos integrantes e utilizando a mesma mina. A partir disso, já sofria uma forte fiscalização e monitoramento da Secretaria da Fazenda", explicou.
Empresários investigados
De acordo com o advogado, os dois empresários detidos na manhã desta quarta-feira (30) já enfrentam duas ações penais relacionadas aos fatos investigados. As identidades deles não foram divulgadas.
Além disso, Alex afirmou que um mandado de busca e apreensão foi cumprido na região de Itapetinga, município localizado no sudoeste da Bahia, e outros mandados de prisão e busca efetivados em Belo Horizonte, Minas Gerais.
Após a prisão dos investigados, a delegada Haline Peixinho garantiu que o processo de investigações segue em curso para alcançar outros participantes do esquema ilegal.
"Com relação ao andamento da diligência, ainda estão sendo realizadas algumas oitivas, principalmente com relação à triagem dos materiais apreendidos, até porque a investigação ainda está em curso. Então, no decorrer das ações, vamos analisar também todos esses documentos para, principalmente, identificar outros envolvidos nesse esquema criminoso", disse.