A morte de Rafaela Marinho Souza, de apenas 7 anos, na tarde de sexta-feira (21), repercutiu em todo o país e comoveu a população. Antes de ser enforcada pela madrasta, a criança já havia dado sinais de socorro e manifestado que queria voltar para a mãe.
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Segundo relatos da irmã mais velha da vítima, que não quis se identificar, a menina ficou desesperada ao saber que teria que ir à casa do pai e da madrasta, na segunda-feira (17). Mesmo chorando e implorando para não ir, ela precisava ficar um período com o genitor por conta das obrigações escolares.
Um dia antes do assassinato, Rafaela trocou mensagens com a mãe pedindo para que fosse embora. "A senhora vem me buscar amanhã, né?”. Ao G1, Fabiana Marinho, genitora da criança, afirmou que só conseguiria buscá-la na sexta-feira, quando já era tarde demais.
"Era pra eu ter buscado ela na quinta-feira (20), mas eu falei que estava sem dinheiro e iria vir hoje (sexta-feira). E falei que mamãe buscaria ela. Ela até perguntou de novo: ‘A senhora vem mesmo, né?’ E eu respondi que sim. Olha como eu vim buscar minha filha”, contou aos prantos.
Assassinato a sangue frio
Iraci Bezerra dos Santos Cruz, de 43 anos, confessou na 8ª Delegacia de Polícia (Estrutural) ter matado a enteada. Segundo ela, o impulso para cometer o crime veio 'do nada', após Rafaela dizer que preferia morar com uma vizinha.
Em depoimento, a agressora contou que primeiro tentou asfixiar a menina e, em seguida, a enforcou com um cinto e pendurou em uma pilastra. Ela declarou estar arrependida.
O pai da criança estava trabalhando no momento do crime e é acusado de negligência pela mãe da vítima. Vizinhos ficaram abalados com a morte de Rafaela e relataram não ter percebido sinais anteriores de agressões.
Iraci está na carceragem da Polícia Civil, onde passará por audiência de custódia. A sentença pode chegar até 40 anos de prisão.
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