Estratégias de combate ao crime organizado e à lavagem de dinheiro no Brasil foram discutidas durante uma reunião focada em segurança pública, promovida pelo Instituto Esfera de Estudos e Inovação, frente acadêmica do think tank Esfera Brasil. O encontro aconteceu na tarde de quinta-feira (26), em Brasília.
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Presentes no debate, os 'cabeças caras' do alto escalão da Justiça brasileira, como ministros do Supremo Tribunal Federal, do Tribunal de Contas da União, representantes do Ministério Público, Polícia Federal, Receita Federal e especialistas em segurança pública, compartilharam suas visões sobre como tornar essa batalha diária mais eficaz, com o reforço da integração entre as frentes de segurança do país.
Um dos destaques foi a fala de Gilmar Mendes, ministro do Supremo Tribunal Federal. Para ele, o enfrentamento às quadrilhas criminosas deve ir além do combate armado e das prisões, mas também envolver ações de estratégias para acabar com o 'mal pela raiz', desarticulando os esquemas ilícitos em toda sua estrutura.
“Mais do que armas, o enfrentamento exige inteligência financeira, rastreamento de ativos e atuação coordenada entre as instituições. Não se combate o crime cometendo crime. Esse trabalho precisa ocorrer dentro dos parâmetros constitucionais”, expressou.
Já o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, defendeu a cooperação entre as instituições policiais, afirmando que a atuação conjunta permite enfrentar os bondes criminosos com um maior desempenho.
"Combater o crime organizado exige integração interna, cooperação internacional, descapitalização e prisão de lideranças. É estratégia, não espetáculo", disse.
Projeto de lei
Durante as conversas, uma minuta de projeto de lei elaborado pela Esfera Brasil foi entregue ao presidente do União Brasil, Antônio Rueda, que se mostrou favorável à ideia. O esboço propõe a criação de um programa de incentivo à instalação de câmeras de monitoramento em cidades do Brasil, como ferramenta de prevenção e segurança pública.
Importância do Coaf
No combate a lavagem de dinheiro, o Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) é uma ferramenta de destaque. Na reunião, foi divulgado que sistema de prevenção recebe 7,5 milhões de comunicações de operações suspeitas por ano. Diante da relevância, os convidados debateram a necessidade de fortalecer a instituição e promover a integração com outras frentes, para seguir com um desempenho positivo no combate ao crime organizado.
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