O caso do desaparecimento de dois jovens funcionários de um ferro-velho no bairro de Pirajá, em Salvador, completa um mês nesta quarta-feira (4). Paulo Daniel Pereira Gentil do Nascimento e Matusalém Silva Muniz desapareceram após irem trabalhar. Antes de desaparecerem, eles foram acusados pelo dono do empreendimento, Marcelo Batista da Silva, por furto de alumínio. O empresário é o principal suspeito do crime.
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A Justiça decretou a prisão preventiva de Marcelo no dia 9 de novembro, que fugiu e é procurado pela polícia. A suspeita é que ele tenha fugido do país. Além do mandado de prisão em aberto, o nome de Marcelo aparece em investigações a respeito de outros crimes.
A suspeita do envolvimento do empresário no crime foi denunciada pelas famílias dos jovens, que relataram que Marcelo havia acusado os jovens de furto. Ao longo das investigações, o carro do suspeito foi periciado e amostras de sangue foram encontradas.
A versão dada pelo empresário, é que teve cinco toneladas de fardo de alumínio furtados nos últimos dois meses e que conseguiu recuperar 500 quilos em 3 de novembro, após seguir o caminhão usado no crime. Ele afirmou que planejava ligar para a polícia, para fazer um flagrante no dia seguinte e recuperar a carga roubada.