Os policiais que foram mortos no bairro do IAPI, em Salvador, na última quarta-feira (27), eram soldados da PM e se chamavam Anderson de Sousa Santana, lotado no Fórum do bairro do Sieiro, e Marcelo Santana, que era do setor de inteligência do Batalhão Gêmeos, de combate roubos a transporte público. A dupla será enterrados nesta quinta (28) no Cemitério Bosque da Paz, em Nova Brasília. Dois suspeitos também 'foram de base' durante o confronto, totalizando quatro mortos.
Conheça mais desses ex-agentes da Polícia Militar, mortos em meio a onda de violência que cerca a capital soteropolitana.
Anderson de Sousa Santana
Casado e com uma filha já adulta, Anderson iniciou sua trajetória como policial militar na Cavalaria, em 2009, mas rapidamente foi transferido para 47ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM/Pau da Lima).
Após nova transferência, dessa vez para o Batalhão de Guarda, trabalhou no bairro do Sieiro, onde fica o posto do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA).
Além dos serviços prestados na PM, Anderson e um vereador eram responsáveis por ações sociais para crianças e adolescentes. O profissional distribuía cestas básicas, materiais esportivos e brinquedos.
Anderson também auxiliava ‘vigílias’ das igrejas no bairro da Liberdade. Ele levava alguns jovens para escolinhas de futebol.
O PM será enterrado no Cemitério Bosque da Paz, em Nova Brasília, nesta quinta-feira (28), às 17h.
Marcelo Santana
Faixa preta de karatê, Marcelo Santana era casado e tinha quatro filhos, além de uma neta. Ele trabalhava no setor de inteligência do Batalhão Gêmeos.
Marcelo nasceu no município de Tucano, a 267 km de Salvador, e iniciou a carreira como PM em 2008.
O soldado atuou em unidades especializadas em toda sua carreira, como a Companhia de Polícia de Proteção Ambiental (Coppa) e do Tático Ostensivo Rodoviário (TOR).
O PM também será sepultado no Bosque da Paz, nesta quinta (28), apenas meia hora antes de Anderson, às 16h30.
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Início da perseguição
Dois suspeitos e dois policiais militares, identificados como Marcelo Santana e Anderson de Sousa, morreram na noite da última quarta-feira (27), em Salvador.
Segundo a Polícia Militar, tudo começou por volta das 19h30, quando agentes do setor de inteligência do Batalhão Gêmeos faziam rondas de roubos a coletivos na Avenida San Martin e descobriram que um motorista de aplicativo estava sendo feito de refém. A partir daí, iniciou a perseguição. O condutor bateu o carro no fundo de um ônibus, na ladeira do IAPI, e os dois criminosos fugiram em direções diferentes.
Os militares seguiram com a perseguição e, já no bairro da Santa Mônica, pediu apoio da Rondas Especiais (Rondesp BTS). Um dos suspeitos foi localizado, houve troca de tiros, segundo a PM, e o primeiro fugitivo foi atingido. Ele ainda foi levado para o Hospital Ernesto Simões Filho, no Pau Miúdo, mas não resistiu.
Confronto final
Depois dessa primeira troca de tiros, policiais militares, em uma viatura despadronizada, foram informados da localização do segundo suspeito. O soldado Marcelo Santana, do setor de inteligência do Batalhão Gêmeos, seguiu a busca em um moto-táxi.
Rapidamente, Marcelo encontrou o segundo suspeito, Kaíque Nascimento dos Santos, de 18 anos, em um bar localizado na rua Astrozildo Sepúlveda, onde também estava um outro policial militar, Anderson de Sousa Santana, que não estava em serviço. Ele era lotado no Batalhão de Guardas e trabalhava no Fórum do bairro do Sieiro.
Ao ver Marcelo rendendo o suspeito com arma em punho, Anderson, acreditando se tratar de um assalto dentro do bar, sacou a arma e iniciou o tiroteio com o colega. Os três foram atingidos e morreram.