
Uma simples chamada de vídeo de três minutos marcaram os últimos momentos de uma jovem que ficou conhecida pelo vulgo de 'Japinha do Comando Vermelho', antes de ser morta em confronto com forças de segurança no Rio de Janeiro. O episódio aconteceu nesta terça-feira (28), e revelou o clima de tensão vivido por quem também recebia o nome de Penélope, e atuava na linha de frente do CV.
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Através do WhatsApp, momentos após receber a ligação, Penélope escreveu para a amiga: “Oi. Não vamos ficar aqui não”. Quando questionada se a operação havia acabado, respondeu: “Não. Eles tão aqui em cima de nós. A bala tá comendo. Helicóptero tá aqui rodando”. Preocupada, a amiga pediu: “Fica onde você tá, para de maluquice. Tá seguro aí?”. As mensagens foram divulgadas pela coluna Na Mira, do portal Metrópoles.
Pegue a visão:

Pouco depois da conversa, a 'musa da facção criminosa' recebeu um disparo de fuzil na cabeça, durante o intenso tiroteio que envolveu faccionados e polícias nas 26 comunidades dos complexos do Alemão e da Penha. O corpo dela apareceu próximo a um dos acessos principais das comunidades.
Família em luto
Familiares se manifestaram, nesta quarta-feira (29), com o pedido de que imagens do corpo da jovem não fossem divulgadas, com a afirmação de que a exposição causou profundo sofrimento. Posteriormente, a irmã de Penélope ainda publicou nos stories do Instagram um agradecimento a "todos que estão mandando carinho e força” à família.
Se ligue:

Musa do crime e das redes

Antes do confronto, uma foto compartilhada na web mostrava Japinha vestida com roupas táticas, sem revelar o rosto, e empunhando um fuzil. Conhecida por ostentar armas e poses provocantes, ela era considerada de confiança pelos líderes do tráfico, atuando na proteção de rotas de fuga e na defesa de pontos estratégicos de venda de drogas.
Pouco antes de morrer, ela postou um vídeo fumando baseado e dançando uma música que bombava nas redes.
