
Entre a lista de baianos presos na manhã desta quarta-feira (9), durante a deflagração da segunda fase da Operação Falsas Promessas, está o nome de Alexandre Tchaca. Muito conhecido nas redes sociais, o policial militar e influenciador digital está sendo investigado por suspeita de integrar um esquema criminoso que promove rifas fraudulentas para lavar dinheiro do tráfico de drogas.
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Uma das personalidades mais polêmicas da internet, Tchaca tem como nome de batismo Lázaro Andrade Pereira de Andrade, nasceu na cidade de Salvador, em 28 de abril de 1980, e fará 45 anos no fim deste mês. Ele é casado, pai de três filhos e ficou conhecido gravando vídeos sobre a vida como militar para o Instagram.

Além do perfil no Instagram, onde acumula 169 mil seguidores, Alexandre Tchaca também tem um canal de transmissão no Telegram e possui um podcast no YouTube, o famoso ‘Pod Tchaca’, no qual faz entrevistas com famosos, personalidades e principalmente policiais.
Nas eleições municipais do ano passado, o blogueiro aproveitou todo o engajamento que conquistou nas redes sociais para tentar vencer nas urnas. Ele se candidatou como vereador de Salvador pelo Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), mas recebeu apenas 5.103 votos e não conseguiu se eleger.
Tchaca avisou que iria para o xilindró
Há algumas semanas, em 21 de março de 2025, Alexandre Tchaca publicou um vídeo dizendo que estava sofrendo perseguição e seria preso em breve. Na ocasião, ele afirmou que iria “cair atirando”.
“Eu recebi um informe de que haveria um mandado de busca e apreensão em meu desfavor e em desfavor de outros colegas policiais. Recebi uma foto, um print do processo”, falou.

Tchaca também declarou que sofre tentativas de extorsão desde o mês de novembro de 2024, de alguém que afirmou que se ele pagasse R$ 80 mil não seria preso e sofreria apenas busca e apreensão.
O policial e influenciador não deu detalhes sobre quem estaria tentando extorqui-lo e não há confirmações de que o relato dele é verdadeiro.
Policial já foi preso no ano passado
Em maio do ano passado, o soldado Alexandre Tchaca ficou preso durante 15 dias como consequência de um processo administrativo disciplinar da Polícia Militar da Bahia. A sanção foi aplicada após a suposta postagem de conteúdo que feria as diretrizes da corporação.
Na época em que tudo aconteceu, a defesa de Tchaca negou que ele tenha feito a publicação do material na internet e pediu a absolvição dele no caso. Porém, a prisão dele foi determinada e cumprida. Ele cumpriu a pena no Batalhão de Polícia de Choque.
Ele também responde na Justiça pelo envolvimento na Chacina do Cabula, que deixou 12 mortos em 2015.