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Desdobramentos - 25/11/2025, 09:52 - Victoria Isabel e Brenda Lua Ferreira

Advogado de viúvo de Sara Mariano garante que réu é inocente

Defesa de Ederlan Santos desafia MPBA a apresentar evidências

Advogado afirma que acusação não tem provas contra o viúvo
Advogado afirma que acusação não tem provas contra o viúvo |  Foto: José Simões/Ag. A Tarde

O Tribunal do Júri de Dias D’Ávila, na Região Metropolitana de Salvador, começou às 8h30, nesta terça-feira (25), o julgamento popular de três homens denunciados pelo feminicídio da cantora gospel Sara Mariano. Entre os réus está Ederlan Santos Mariano, viúvo da artista e apontado como mentor do assassinato ocorrido em 24 de outubro de 2023.

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O advogado de defesa de Ederlan Santos Mariano, Otto Lopes, afirmou ao grupo A Tarde, que o réu é inocente e que não há provas que o liguem ao crime.

"A expectativa é que o julgamento aconteça com imparcialidade, que a justiça seja feita e que a absolvição aconteça, visto que Ederlan é inocente e não tem nenhuma prova que ele tenha praticado nenhum tipo de crime", declara.

Em contestação à acusação, o advogado desafiou o Ministério Público da Bahia (MPBA) a apresentar evidências concretas contra seu cliente.

"Aqui não precisa provar nada, o que precisa provar é a acusação. A acusação, na verdade, tem mais de 1.500 páginas. E eu desafio a acusação a apresentar uma página que envolva Ederlan nesse crime. O que tem aqui são presunções e não se pode condenar ninguém com base em presunção. A única possível no arredondamento jurídico pátria é a presunção de inocência. E nesse processo não tem nada que venha em criminalidade", enfatiza.

Além de Ederlan Santos Mariano, serão julgados Weslen Pablo Correia de Jesus e Victor Gabriel Oliveira Neves. Todos estão presos preventivamente.

Imagem ilustrativa da imagem Advogado de viúvo de Sara Mariano garante que réu é inocente
Foto: José Simões/Ag. A Tarde

Os três responderão pelos crimes de feminicídio – executado por motivo torpe, meio cruel e sem possibilitar a defesa da vítima –, ocultação de cadáver e associação criminosa.

Segundo a denúncia do Ministério Público, a cantora foi atraída sob a falsa promessa de participar de um evento religioso, sendo emboscada e assassinada com extrema violência. Sara Mariano foi executada com 22 golpes de faca, e seu corpo, posteriormente, foi ocultado e queimado na entrada do Povoado Leandrinho, em Dias D’Ávila.

As investigações apontaram que os acusados agiram de forma organizada, com divisão de tarefas, motivados por promessa de recompensa financeira e interesses ligados à carreira artística de um dos envolvidos. Um quarto envolvido no crime, Gideão Duarte de Lima, já foi condenado.

Em 16 de abril deste ano, o Tribunal do Júri acatou a acusação do MPBA e sentenciou Gideão Duarte de Lima a 20 anos, 4 meses e 20 dias de prisão pelos crimes de homicídio qualificado, ocultação de cadáver e associação criminosa. Ele foi o responsável por atrair a cantora até o local ermo onde ela foi emboscada e morta.

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