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amor bandido - 27/11/2025, 15:00 - Bruno Dias e Luiza Nascimento

Advogada presa em operação vivia romance com 'cabeça' do BDM

Poliane França cumpria missões para a facção criminosa na Bahia

Leandro da Conceição Santos Fonseca, vulgo 'Shataram'
Leandro da Conceição Santos Fonseca, vulgo 'Shataram' |  Foto: Reprodução

Entre papeladas e processos, a advogada Poliane França escondia um romance proibido com um dos 'cabeça cara' de uma facção criminosa. Ligada a várias atividades ilegais, a mulher está entre os 15 presos da Operação Rainha do Sul, deflagrada na manhã desta quinta-feira (27), pela Polícia Civil.

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Apurações da reportagem do Portal MASSA! indicam que o indivíduo responsável por 'fisgar' o coração de Poliane se chama Leandro da Conceição Santos Fonseca, vulgo 'Shataram'. Considerado uma das 'torres' do Bonde do Maluco (BDM), documentos e outros materiais relacionados a ele, como a carteira de identidade, foram apreendidos na casa da advogada.

Poliane França tinha um romance com líder do BDM
Poliane França tinha um romance com líder do BDM | Foto: Reprodução

Segundo o diretor do Departamento de Investigações sobre Narcóticos (Denarc), Ernandes Junior, inicialmente a relação com o elemento, preso no Presídio de Serrinha, teria sido apenas profissional, mas logo os dois começaram a ter um vínculo mais forte.

"No sistema penitenciário ela é cadastrada como advogada dele, mas, de um tempo para cá, ela se tornou companheira do mesmo. Tanto que mudou o status dela no momento das visitas e passou a adentrar o presídio, porque o advogado só fica no parlatório conversando com o cliente [...] e repassar os recados para o mundo externo, tanto para os gerentes financeiros, quanto os gerentes operacionais da organização criminosa", explicou em entrevista ao Grupo A TARDE.

Além de exercer a função de 'aviãozinho', Poliane realizava cobranças, distribuía drogas e armas de fogo, além de recolher ouro, que era oriundo da organização criminosa. A advogada atuava como tesoureira, controlando todo o dinheiro e realizando transações. Ademais, também havia ocorrências de ameaças contra pessoas.

"Não era apenas uma menina de recado, mas, sim, uma pessoa diretamente ligada à organização criminosa com poder de decisão e poder de determinar a cobrança e como iria ser feita aquela cobrança. No mundo externo, ela acabou sendo o braço direito dessa liderança que está no presídio de segurança máxima", afirmou.

Diretor do Departamento de Investigações sobre Narcóticos (Denarc), Ernandes Junior
Diretor do Departamento de Investigações sobre Narcóticos (Denarc), Ernandes Junior | Foto: Bruno Dias / Portal MASSA!

Lavagem de dinheiro

Um das formas de lavar dinheiro era através de um haras, que o casal mantinha em Pernambuco. Além da compra de cavalos de luxo, o local abrigava uma usina solar avaliada em quase R$ 1 milhão.

"Eles compravam cavalos para justificar aquele dinheiro. Então, eles adquiriam muitas drogas, repassavam muitas drogas, muitas armas de fogo. Foi possível comprovar a distribuição de diversas armas de fogo no estado da Bahia para a organização criminosa e a determinação também de bondes em determinados bairros", detalhou o diretor.

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