
O Rio de Janeiro amanheceu em clima de guerra nesta terça-feira (28). Cerca de 2,5 mil policiais participam de uma megaoperação contra o Comando Vermelho (CV), que mira pelo menos 100 traficantes espalhados por comunidades do estado. O balanço parcial aponta quatro mortos em confronto, entre eles dois baianos ligados à facção.
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A ação faz parte da Operação Contenção, criada pra barrar o avanço do CV por novos territórios no estado. Desta vez, o cerco aconteceu nos complexos do Alemão e da Penha, locais apontados pela polícia como refúgio dos 'cabeças' do grupo criminoso.
Indivíduos como Anderson Souza de Jesus, famoso pelos apelidos de 'Buel', 'Cris' ou 'Esquerdinha', está foragido no estado carioca. Em contrapartida, até o momento, as autoridades não revelaram as identidades dos traficas baianos.

Durante a investida, o bicho pegou: 'traficas' reagiram com rajadas de fuzil, levantaram barricadas em chamas e espalharam o pânico na região. Colunas de fumaça tomaram o céu carioca e podiam ser vistas de longe. A Polícia Civil local contou, segundo o g1, que, em retaliação, criminosos usaram drones para lançar bombas contra os agentes.

Operação barril dobrado
Até o momento, quatro suspeitos morreram em confronto — além dos baianos, um indivíduo do Espírito Santo. Outros 17 homens foram presos, sendo que quatro ficaram feridos e foram levados sob custódia para o Hospital Estadual Getúlio Vargas, na Penha.
Um morador em situação de rua, uma mulher e um outro homem também acabaram atingidos por balas perdidas e precisaram ser socorridos para o mesmo hospital. No meio do corre, a polícia apreendeu dois fuzis, uma pistola e nove motos usadas pelo grupo.

Alvos de fora
Segundo o Ministério Público do estado (MPRJ), a operação é resultado de um ano de investigação da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE). Parte dos procurados não é do Rio: pelo menos 30 vêm do Pará, além de outros de estados como Bahia e Espírito Santo.
A ação envolveu policiais militares do Comando de Operações Especiais (COE) e de unidades da capital e Região Metropolitana. Já a Polícia Civil colocou nas ruas agentes de todas as delegacias especializadas, além de equipes do Departamento de Combate à Lavagem de Dinheiro e da Subsecretaria de Inteligência.
