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Finanças - 14/06/2025, 08:30 - Amanda Souza

Cuidado pra não estourar o bolso! Veja como não 'quebrar' no São João

Pensou em comprar uma blusinha nova, né? Cuidado com o bolso!

Cuidado para não ficar de bolso vazio pós São João
Cuidado para não ficar de bolso vazio pós São João |  Foto: Ilustrativa/Reprodução/Freepik

No Nordeste, o mês de junho é sagrado. Fogueiras, bandeirolas, forró e comidas típicas dominam ruas, praças e lares; ou seja, o São João é uma festa que movimenta o coração e também o bolso de muita gente. O que pouca gente percebe, porém, é que a temporada junina pode virar uma cilada financeira para quem se deixa levar pela empolgação.

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Todo mundo quer passar o São João na roça, curtir o interior, comprar aquela roupa nova para arrasar na praça da cidade. Mas isso pode custar caro - literalmente,

A professora de economia Paula Sauer, da ESPM, explica que o São João tem peso semelhante ao Natal para os nordestinos , e isso se reflete no consumo. “As festas juninas são como um Natal fora de época. É uma data muito esperada por vários setores da economia, entre eles o varejo e o turismo”, afirma.

A prova disso está nos números: cidades como Caruaru (PE) e Campina Grande (PB), que disputam o título de maior São João do mundo, esperam injetar R$ 700 milhões, cada, na economia local durante o período junino. Esse valor vem principalmente do turismo interno e do consumo.

Só que, do lado de quem gasta, o cenário pode sair do controle. Paula alerta que, por trás da celebração marcada por danças, comidas e roupas típicas, há riscos reais para quem não se planeja: "São festas que celebram a fé e a cultura nordestina, [...] mas podem bagunçar o orçamento".

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Daqueles que não se planejaram para os gastos que se estendem até julho, aproveitando as férias escolares

O perigo do impulso

Entre shows, viagens, hospedagem, roupas e barracas de comida, os preços sobem e o desejo de participar de tudo bate forte, claro. Segundo a especialista, o grande vilão é o consumo por impulso. "Viajar para as cidades onde haverá shows e campeonatos de quadrilhas demanda acomodação e transporte, roupas... custa dinheiro, e custa mais ainda quando se trata de alta temporada", explica.

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Foto: Olga Leiria / Ag. A TARDE

Ela recomenda que, mesmo quem pretende gastar, defina um teto: "Além de se planejar financeiramente, é importante determinar um limite e se manter dentro dele", orienta. Uma dica prática é usar dinheiro em espécie. "Apesar de o cartão ser mais seguro em ambientes lotados, utilizar dinheiro em espécie pode fazer com que se tenha mais controle".

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Porque a fatura do cartão só vem no próximo mês e faz parecer que os gastos são invisíveis

Nada de ressaca financeira

Mas não precisa abrir mão da alegria para manter as contas em dia. Segundo Paula, é possível curtir de forma consciente e econômica. “Busque festas comunitárias e gratuitas. Vá com trajes improvisados: xadrez, jeans e uma maquiagem criativa. E aproveite as comidas típicas feitas em casa com amigos ou família, que saem mais baratas do que comprar pronto", aconselha.

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Foto: Jean Victor/Divulgação/Prefeitura de Camaçari

Outra dica é priorizar: em vez de querer viajar, comprar roupa nova e ir a todas as festas pagas, o ideal é escolher o que faz mais sentido dentro do orçamento. “Evite parcelamentos longos. O ideal é pagar à vista o que puder, para não comprometer os meses seguintes”, recomenda.

Para quem for viajar, o ideal é antecipar reservas, dividir custos com amigos e controlar os gastos com ajuda de aplicativos de finanças.

Educação financeira também se ensina no arraial

A especialista ainda lembra que essa é uma boa oportunidade para introduzir noções de educação financeira dentro de casa. "Envolva as crianças no planejamento da festa ou da viagem, assim fica mais claro para todos as prioridades", diz.

Segundo ela, dar um valor fixo para os filhos usarem nos dias de festa ajuda a ensinar responsabilidade e escolha consciente. E o mais importante: mostrar que viver a tradição e se divertir não tem a ver com quanto se gasta. "Destacar o valor da experiência é essencial. Participar não depende de dinheiro, e sim de fazer parte da celebração", conclui.

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